O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, caiu 0,1% em junho. O principal dado de inflação, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Departamento de Trabalho, desacelerou na comparação mensal, após se manter estável (0%) em maio. A queda contribuiu para o índice recuar de 3,3% para 3% no acumulado de 12 meses.
Os dados vieram abaixo das projeções do BTG Pactual, que esperava uma alta de 0,1%.
Os dados divulgados pelo Departamento de Trabalho dos EUA eram aguardados pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que deu uma série de declarações nos últimos dias, afirmando que um novo corte nos juros era aguardado pela instituição para definir os juros.
Por outro lado, o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, fechou o mês em alta de 0,1%, também abaixo das projeções do BTG, de 0,2%. No acumulado de 12 meses, o núcleo caiu de 3,4% para 3,3%.
Gasolina puxa queda da inflação
Segundo os dados divulgados nesta manhã, o principal responsável pela queda mensal foi a gasolina, que caiu 3,8% no último mês, após recuar 3,6% em maio. O item contribuiu para a queda de 2% do grupo de Energia, pelo segundo mês consecutivo.
Em junho, o índice de eletricidade contribuiu com uma queda de 0,7%, reduzindo a sua alta anualizada de 4,4%.
Por outro lado, os alimentos voltaram a pressionar a inflação norte-americana pelo sexto mês seguido, com uma alta de 0,2%. No ano, o grupo já acumula um avanço de 2,2%. Em junho, a alimentação em domicílio subiu 0,1%, enquanto fora de casa subiu 0,4%.
Chances de corte nos juros aumentam após CPI
As probabilidades do Federal Reserve cortar os juros em setembro aumentaram consideravelmente após a divulgação do CPI. Segundo o monitoramento feito pelo CME Group, as chances que circulavam na casa dos 70% agora são de 87%.
Nas últimas semanas, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a decisão da política monetária norte-americana dependerá principalmente dos dados de inflação e que serão definidas “reunião por reunião”.
A maior preocupação, no momento, é acertar o momento de cortar os juros. Segundo Powell, não é necessário esperar a inflação chegar a 2% (meta inflacionária) para começar a agir. Para a próxima reunião, no dia 31 de julho, é um consenso que os juros não serão alterados.
Imagem: Canva