Nesta quinta-feira (11), o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,85%, atingindo os 128.293,61 pontos — maior nível desde 14 de maio —, chegando a sua nova alta consecutiva. Desde o início de julho, o índice acumula uma valorização de 3,54%.
A alta foi puxada pela inflação ao consumidor mais fraca nos Estados Unidos (CPI, sigla em inglês) — caiu 0,1% no mês de junho e a previsão era de leve aceleração —, o que aumenta a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar juros este ano.
Somado a isso, a aprovação do primeiro texto da regulamentação da reforma tributária pela Câmara e o crescimento de 1,2% nas vendas do varejo em maio, acima do esperado, contribuíram para o bom humor do mercado.
Influências externas e internas
A expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro fortaleceu os ativos de risco, influenciando positivamente o Ibovespa.
Segundo John Kerschner, gerente de portfólio na Janus Henderson, a chance de um corte de juros em setembro está próxima de 100%. Essa expectativa foi reforçada pelos dados de inflação ao consumidor nos EUA, que vieram abaixo do esperado.
No cenário doméstico, a aprovação do primeiro texto da regulamentação da reforma tributária pela Câmara e o crescimento de 1,2% nas vendas do varejo em maio, acima do esperado, contribuíram para o bom humor do mercado.
A percepção de comprometimento do governo com o corte de gastos e o arcabouço fiscal também ajudou na recuperação dos preços dos ativos.
Mercado de ações
No setor de metais, Gerdau (PN +1,34%) e CSN (ON +1,63%) tiveram desempenhos positivos, enquanto Vale (ON -0,26%) fechou em baixa. Petrobras também registrou alta de 0,83% (ON) e 0,68% (PN). O setor bancário teve uma sessão positiva, com exceção de Banco do Brasil (ON -0,49%) e Bradesco (PN sem variação).
Entre as maiores altas do dia ficaram TIM (+4,10%), Rumo (+3,40%) e Braskem (+3,27%). No sentido oposto, Transmissão Paulista (-1,53%), Alpargatas (-1,48%) e Hypera (-1,44%) registraram as maiores quedas.