O Bradesco (BBDC4) registrou um lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre deste ano. Este resultado representa um crescimento de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023 e um aumento de 12% comparado ao trimestre anterior. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (5).
O lucro líquido contábil acumulado no primeiro semestre de 2024 foi de R$ 8,9 bilhões, uma alta de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O patrimônio líquido da instituição também avançou, registrando um crescimento de 0,5%, alcançando R$ 160,1 bilhões.
Margem financeira do Bradesco
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), indicador que mede a rentabilidade do banco em relação ao seu capital, foi de 10,8% no segundo trimestre, uma ligeira queda de 0,1 ponto percentual na comparação anual. Contudo, em relação ao 1T24, o ROE teve um aumento de 0,6 ponto percentual.
A margem financeira com clientes, que representa o lucro obtido nas operações de crédito e financiamento, caiu 8,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 15,2 bilhões. Apesar da queda anual, houve uma recuperação de 5% na comparação com o 1T24, após seis trimestres consecutivos de declínio.
Essa recuperação na margem financeira foi impulsionada tanto pelo aumento da carteira de crédito quanto pela mudança no mix de produtos, favorecendo segmentos com maior rentabilidade (spread).
Receita com serviços e operação de seguros
A receita com serviços do Bradesco alcançou R$ 9,3 bilhões no segundo trimestre de 2024, um crescimento de 6,4% em relação ao mesmo período de 2023, e de 5,1% quando comparado ao 1T24.
O segmento de seguros também foi destaque, registrando um lucro líquido de R$ 2,2 bilhões no 2T24, um aumento de 12,7% frente ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (ROAE) do segmento de seguros subiu de 19,8% para 22,1% no mesmo período.
Qualidade de crédito e inadimplência
O índice de inadimplência, que mede a porcentagem de empréstimos em atraso, apresentou melhora. O indicador de 15 a 90 dias recuou 0,4 ponto percentual em comparação ao 1T24, enquanto o índice de inadimplência acima de 90 dias caiu 0,5 ponto percentual, registrando queda pelo quarto trimestre consecutivo.
Essa melhora reflete a maior qualidade das novas safras de crédito, que apresentam menor risco de atraso.
Guidance e perspectivas
O Bradesco manteve suas estimativas para o ano de 2024, prevendo um crescimento de 7% a 11% na carteira de crédito expandida e um aumento de 3% a 7% na margem financeira total. Além disso, o banco projeta um crescimento de 2% a 6% nas receitas de prestação de serviços e uma PDD expandida entre R$ 35 bilhões e R$ 39 bilhões para o ano.
*Com informações da agência CMA.
Imagem: Gabriel Monteiro