Após três dias de recordes seguidos, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 0,95%, a 135.173,39 pontos, nesta quinta-feira (22). O volume financeiro foi de R$ 22,1 bilhões.
A queda foi puxada por uma realização de lucros por parte dos investidores. O movimento é comum após períodos de valorização intensa, como os três dias de máximas históricas que o índice vivenciou nesta semana.
O mercado fica no aguardo no pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole amanhã.
Arrecadação federal
O aumento na arrecadação federal em julho, em comparação com o mesmo período do ano passado, reflete o crescimento da atividade econômica e a melhora no mercado de trabalho. O cenário também aumenta a chance de cumprimento das metas fiscais do governo, o que pode reduzir a percepção de risco fiscal no curto prazo.
Cenário internacional
Fora do Brasil, a leitura preliminar dos índices PMI dos EUA e da zona do euro surpreenderam positivamente, aliviando preocupações com a fraqueza econômica nessas regiões. Os dados impulsionaram os preços do petróleo, mas não foram suficientes para mudar a direção negativa do Ibovespa.
Mercado de ações
As ações da Petrobras (ON +0,10%, PN +0,13%) mostraram leve recuperação, beneficiadas pela alta nos preços do petróleo, que avançaram após quatro sessões de queda. O petróleo Brent subiu 1,54%, enquanto o WTI teve alta de 1,50%.
O setor metálico foi um dos principais responsáveis pelo ajuste no índice, com destaque para a queda de CSN ON (-1,62%), Gerdau PN (-0,81%) e Usiminas PNA (-3,46%), refletindo o ajuste negativo no preço do minério de ferro na China e em Cingapura.
Os bancos também contribuíram para a realização de lucros, com Itaú PN (-0,92%), BB ON (-2,44%) e Bradesco PN (-0,70%) em queda.
Entre as maiores altas do dia ficaram Embraer (2,15%), Weg (1,44%) e Ambev (0,46%). Do outro lado, CVC (-6,52%), MRV (-5,28%) e Magazine Luiza (-4,83%), tiveram os piores desempenhos da sessão.