O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em relação aos três primeiros meses do ano, superando as expectativas do mercado, que previam uma alta de 0,9%. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se o PIB continuar forte como está, o governo poderá reestimar a receita para 2025.
Ele destacou que a indústria voltou a crescer e muitas ainda têm margem para aumentar a produção. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB totalizou R$ 2,88 trilhões e cresceu 3,3% na comparação anual, também acima da projeção de 2,7%. O resultado foi impulsionado pelos principalmente pela Indústria e o setor de Serviços.
A Capital Economics avalia que o número do PIB brasileiro para o segundo trimestre veio “surpreendentemente mais forte do que o esperado” e significa que a economia parece estar no caminho para expandir cerca de 3% ao longo de 2024 como um todo.
Desempenho dos setores
Pela ótica da produção, a Indústria cresceu 1,8% no segundo trimestre, com destaque para as atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (4,2%), além da Construção (3,5%).
No entanto, as Indústrias Extrativas registraram uma queda de 4,4%. Já o setor de Serviços avançou 1,0%, impulsionado por áreas como Atividades financeiras (2,0%) e Informação e comunicação (1,7%). A Agropecuária, por outro lado, recuou 2,3%, influenciada pela queda na produção de milho e soja.
Revisões do PIB
Nesta terça, o IBGE também anunciou algumas revisões para os últimos trimestres. O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano ante o quarto trimestre de 2023, foi elevado de 0,8% para 1%.
A instituição também revisou o resultado do quarto trimestre do ano passado em comparação ao terceiro trimestre, elevando-a de -0,1% para 0,2%. Por fim, o órgão revisou a taxa do segundo trimestre de 2023 ante os três primeiros meses de 2023, de 0,9% para 0,7%.
Projeções e expectativas
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 16,8% do PIB, enquanto a taxa de poupança foi de 16%. O desempenho do PIB no período sugere um cenário de crescimento econômico robusto, mas com desafios à frente, especialmente no setor agropecuário.
A continuidade do crescimento dependerá do equilíbrio entre os diferentes setores da economia e das políticas de incentivo ao consumo e investimento.
*Com informações da agência de notícias CMA.