O mundo das criptomoedas tem sido cenário de muitos altos e baixos, e entre esses episódios, alguns esquemas fraudulentos se destacam pela astúcia e pela quantidade de vítimas.
Um desses casos envolve Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o Sheik do Bitcoin. Recentemente, ele foi alvo de investigações que revelaram um imenso esquema de pirâmide financeira, causando grandes prejuízos a investidores ao redor do mundo.
Francisley, junto com sua empresa de fachada Forcount, prometia retornos extraordinários em investimentos de criptomoedas. Mas, como muitas outras pirâmides financeiras, sua operação acabou colapsando, deixando milhares de vítimas e um rastro de perdas financeiras que supera milhões de dólares.
Quem é Francisley Valdevino da Silva?
Francisley Valdevino da Silva, ou Sheik do Bitcoin, montou uma rede complexa de empresas voltadas para investimentos em criptomoedas. A Forcount se apresentava como uma grande empresa de investimentos e hoje é considerada responsável por um esquema que gerou prejuízos estimados em US$ 50 milhões (R$ 280 milhões). A figura pública da empresa era Salvador Molina, um personagem fictício interpretado por um ator contratado.
Como Funciona um Esquema de Pirâmide?
Muitos questionam: Como funciona um esquema de pirâmide? Essencialmente, ele depende da entrada contínua de novos investidores que injetam dinheiro, o qual é usado para pagar os antigos investidores, criando uma ilusão de lucratividade e sucesso. Eventualmente, quando não há mais novos investidores ou o sistema se torna insustentável, o esquema colapsa, resultando em grandes perdas financeiras para a maioria das pessoas envolvidas.
Quais Foram as Consequências para os Envolvidos?
O colapso da Forcount teve inúmeras consequências. Ex-jogador do Corinthians Jucilei, compreendendo a situação arrasadora que envolveu um prejuízo milionário, foi uma das muitas vítimas do esquema, conforme informou o “Fantástico” no último domingo. Estima-se que ele tenha perdido R$ 45 milhões. Jucilei, que já teve passagens por ligas de futebol na China, Rússia e Emirados Árabes, viu seu patrimônio desmoronar em questão de meses.
Operações Policiais e Investigações
A descoberta do esquema de pirâmide da Forcount envolveu uma cooperação internacional. O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos investigou Francisley e solicitou ajuda à Polícia Federal brasileira. Durante as investigações, foram identificadas outras empresas suspeitas associadas a Francisley, como a Rental Coins e a InterAg.
- 20 endereços ligados ao Sheik do Bitcoin foram alvo de mandados de busca e apreensão.
- A atuação criminosa movimentou aproximadamente R$ 4 bilhões em 2022.
- Estima-se que 15 mil pessoas tenham sido vítimas do esquema em todo o Brasil.
Francisley e a Continuação dos Esquemas
Apesar das investigações e das prisões, Francisley Valdevino da Silva continuou a atuar de maneira ilegal. Mesmo após sua prisão, evidências mostraram que ele seguia criando novos esquemas, desta vez utilizando nomes de ex-funcionários para abrir novas empresas e tentar enganar mais pessoas.
No Brasil, Francisley é suspeito de crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro. Nos Estados Unidos, ele enfrenta processos semelhantes. Claramente, as consequências legais para o Sheik do Bitcoin são severas e longas.