As bolsas dos EUA fecharam em queda nesta quinta-feira (4), impactadas pelo aumento dos conflitos no Oriente Médio e a expectativa pela divulgação dos dados de emprego dos Estados Unidos (payroll) de setembro, que acontece amanhã.
O cenário global de aversão a riscos também foi reforçado por indicadores econômicos que elevaram as apostas de um afrouxamento monetário mais contido no país.
Desempenho dos índices
- Dow Jones cai 0,44% (42.011,39 pontos);
- S&P 500 recua 0,17% (5.699,98 pontos);
- Nasdaq perde 0,04% (17.918,48 pontos).
Tensões no Oriente Médio
O movimento de vendas nas bolsas foi intensificado pela instabilidade geopolítica no Oriente Médio. Após declarações do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que não descartou um ataque israelense a instalações petrolíferas no Irã, investidores adotaram uma postura mais cautelosa.
A escalada dos conflitos na região aumenta as preocupações com o abastecimento global de petróleo e pode gerar impactos econômicos globais, afetando os mercados financeiros.
Expectativa pelo payroll
Outro fator que pesou sobre os mercados foi a divulgação de dados de serviços nos EUA, que vieram acima das expectativas. Os números elevaram a incerteza sobre o ritmo de afrouxamento da política monetária pelo Federal Reserve (Fed).
Caso o payroll (relatório de empregos) também venha forte, pode reforçar a percepção de que o Fed não reduzirá os juros tão cedo, o que tende a pressionar os mercados de ações.
Movimentações no mercado
Entre as ações em destaque, Tesla recuou 3,35% após a companhia retirar de seu site o modelo mais barato disponível nos Estados Unidos. Além disso, a Bloomberg informou que o Chief Information Officer (CIO) da empresa, Nagesh Saldi, está de saída, o que aumentou a volatilidade em torno da empresa, especialmente às vésperas do evento de apresentação do novo Robotaxi.
Por outro lado, Nvidia avançou 3,32%, impulsionada pela alta demanda por seus chips, segundo o CEO da companhia, Jensen Huang. Outra empresa que chamou atenção foi a geradora de energia nuclear Vistra, que subiu 5,64%. Com ganhos anuais de 243,8% em 2024, a Vistra superou a big tech em crescimento neste ano, impulsionada pelo interesse das grandes empresas de tecnologia em firmar contratos para seus negócios de inteligência artificial (IA).









