O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, subiu 0,44% em setembro, após registrar uma deflação de 0,02% em agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). As projeções do BTG Pactual indicavam um índice levemente acima, com alta de 0,46%.
O índice acumulado no ano chega a 3,31% e, nos últimos 12 meses, a 4,42%. Neste mês, o aumento foi influenciado principalmente pelos grupos Habitação (1,80%) e Alimentação e bebidas (0,50%), que juntos somaram 0,38 pontos percentuais do índice.
Energia elétrica pressiona grupo Habitação
O aumento de 1,80% no grupo Habitação foi impulsionado pela alta de 5,36% na energia elétrica residencial. Essa variação reflete a adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, reajustes regionais na tarifa de energia em cidades como Porto Alegre (7,01%) e Vitória (6,79%) também contribuíram para o aumento.
Outros itens que influenciaram o grupo foram o reajuste na taxa de água e esgoto (0,08%) em cidades como Fortaleza (1,46%) e Salvador (0,36%), e a alta de 2,40% no preço do gás de botijão.
Alimentos e Transportes também sobem no mês
O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,50% em setembro, revertendo a tendência de queda dos meses anteriores. A alimentação no domicílio subiu 0,56%, com destaque para o aumento de preços de itens como mamão (10,34%), laranja-pera (10,02%) e café moído (4,02%).
Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda, como cebola (-16,95%), tomate (-6,58%) e batata inglesa (-6,56%).
No grupo Transportes, a variação foi de 0,14%, puxada pelo aumento de 4,64% nas passagens aéreas. O preço dos combustíveis recuou levemente (-0,02%), com queda nos valores da gasolina (-0,12%) e do diesel (-0,11%), enquanto o etanol subiu 0,75%. Goiânia se destacou como a região mais pressionado, com variação de 1,08%, pressionada pelos preços da gasolina (6,24%) e da energia elétrica (4,68%).
Somente três grupos do IPCA registraram deflação
Em setembro, somente os grupos de despesas pessoais (-0,31%), artigos de residência (-0,19%) e comunicação (-0,05%) caíram no último mês.
Entre eles, artigos de residência e despesas pessoais registraram impacto negativo no índice.