A SLC Agrícola (SLCE3) informou nesta terça-feira (29) que entrou com um pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta pública de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), visando captar R$ 400 milhões.
De acordo com o comunicado, o objetivo da captação é alongar o perfil da dívida da empresa a um custo considerado competitivo.
Por volta de 12h15 (horário de Brasília) desta quarta-feira (30), as ações da SLC Agrícola (SLCE3) subiam 0,99%, negociadas a R$ 17,36.
Detalhes sobre a emissão de CRA
Os certificados terão rendimento de Certificados de Depósitos Interbancários (CDI) + 1,10% ao ano, com prazo de 2.940 dias e vencimento em 24 de novembro de 2032, com o pagamento dos juros semestral. Os CRAs também terão lastro em Direitos Creditórios do Agronegócio devidos pela SLC.
O CDI é uma taxa de referência para empréstimos entre bancos e costuma ser um indicativo importante para as taxas de rendimento de títulos de dívida no Brasil.
Ações da SLC Agrícola e projeções do Itaú BBA
No início deste mês, o Itaú BBA revisou o preço-alvo da ação da SLC Agrícola, aumentando-o de R$ 24 para R$ 25, com a projeção para 2025.
O banco manteve a recomendação de “outperform”, que significa que a ação deve ter um desempenho superior ao do índice de referência, refletindo a liderança da SLC como produtora de menor custo em um setor chave para a economia brasileira, o agronegócio.
Essa atualização inclui as intenções de plantio da SLC para a safra 2024/25, levando em conta novos contratos de arrendamento de terras. Além disso, o Itaú destacou que o cenário de commodities agrícolas impactou as revisões, principalmente em relação à queda na curva futura desses produtos.
Expectativas de crescimento na área plantada
A SLC Agrícola projeta um aumento significativo na área plantada para a próxima safra (2024/25):
- Algodão: 2,5%
- Soja: 19%
- Milho: 25%
Essas expansões refletem uma projeção consolidada de crescimento de 7%, de acordo com o Itaú BBA, impulsionada principalmente pelos novos contratos de arrendamento.
No mês passado, a empresa divulgou suas expectativas iniciais para a safra 2024/25, com detalhes sobre área plantada, produtividade e custos de produção por hectare. A área plantada total prevista é de 736,9 mil hectares, um aumento de 11,4% em comparação com a safra anterior.
*Com informações da agência de notícias CMA