A Meta (META), controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, registrou um lucro líquido de US$ 15,7 bilhões no terceiro trimestre, um salto de 35% na comparação anual. Os números foram impulsionados por sua tecnologia de Inteligência Artificial (IA) e pelo aumento na receita de publicidade.
No entanto, as projeções de aumento nas despesas para o final de 2024 e ao longo de 2025 fizeram com que o mercado reagisse negativamente ao balanço da big tech. Ontem, durante o after hours, as ações da Meta caíram mais de 2%. Nesta manhã, os papéis ampliam as perdas com queda de 2,58%, negociadas a US$ 576,54.
Meta aumentou projeções de despesas
As despesas totais no trimestre chegaram a US$ 23,2 bilhões, representando um aumento de 14%. A Meta registrou um fluxo de caixa livre de US$ 15,5 bilhões, reforçando sua posição de caixa, que encerrou o trimestre em US$ 70,9 bilhões.
Além disso, a big tech compartilhou projeções de aumento nas despesas para o final de 2024 e ao longo de 2025, com foco em infraestrutura de IA e realidade virtual. Segundo a companhia, a expectativa é que os investimentos para o ano de 2024 fiquem entre US$ 96 e 98 bilhões, refletindo o avanço em Inteligência Artificial (IA) e na expansão das plataformas de realidade aumentada e virtual.
A Meta informou que o segmento Reality Labs, dedicado a iniciativas de realidade aumentada e virtual, continuará operando com perdas devido ao desenvolvimento de novos produtos e à escalada do ecossistema.
As despesas de capital, previstas entre US$ 38 e 40 bilhões para 2024, devem crescer significativamente em 2025, principalmente para suportar a infraestrutura necessária para o uso intensivo de IA.
Principais linhas do balanço da Meta
A empresa registrou uma receita total de US$ 40,6 bilhões, uma alta de 19% em relação ao mesmo período de 2023, com crescimento de 20% quando ajustado para efeitos de câmbio.
O lucro operacional da Meta alcançou US$ 17,35 bilhões, com um aumento de 26% ano a ano. O lucro líquido teve um salto de 35%, somando US$ 15,7 bilhões, enquanto o lucro por ação (EPS) subiu 37%, atingindo US$ 6,03.
Receita da Meta cresce com IA
No segmento de publicidade, que responde pela maior parte da receita da Meta, os resultados foram favorecidos pela IA. A empresa registrou aumento de 11% no preço médio por anúncio e 7% no volume de impressões.
Em nota, o CEO Mark Zuckerberg destacou a importância da IA para o avanço da empresa: “Estamos progredindo na IA em todos os nossos aplicativos e negócios, especialmente com o Meta AI e a adoção do Llama”.
O Family of Apps, divisão que inclui Facebook, Instagram e WhatsApp, gerou US$ 40,3 bilhões em receita. Já o Reality Labs, focado em realidade virtual e aumentada, registrou receita de US$ 270 milhões, mas operou com prejuízo de US$ 4,4 bilhões.
Projeções de receita da big tech
Para o quarto trimestre de 2024, a Meta projeta uma receita entre US$ 45 e 48 bilhões, e espera que a expansão dos investimentos em infraestrutura e a continuidade do desenvolvimento de produtos em IA e realidade aumentada aumentem as despesas em 2025.
A Meta também afirmou que monitora de perto o cenário regulatório, que inclui desafios na União Europeia e nos Estados Unidos, o que pode impactar seus resultados financeiros.