Em outubro, as exportações da China cresceram 12,7% na comparação anual, para US$ 309,06 bilhões, no maior salto desde março do ano passado, quando aumentaram 14,8%, segundo o departamento de estatísticas do país. As previsões eram de alta de 5%.
A segunda maior economia do mundo registrou um superávit comercial de US$ 95,27 bilhões em outubro, acelerando o ritmo de setembro quando alcançou US$ 81,71 bilhões. As projeções para o mês apontavam para um superávit de US$ 71,1 bilhões.
Por outro lado, as importações chinesas recuaram 2,3%, ante previsão de queda de 1,5%. O resultado positivo para a balança comercial fez com que as bolsas asiáticas disparassem, principalmente os índices da bolsa de Xangai, que registraram ganhos acima dos 2%.
O índice Xangai Composto avançou 2,57%, fechando a 3.470,66 pontos, enquanto o Shenzhen Composto teve alta de 2,48%, encerrando a 2.100,71 pontos.
Bolsas da China sobem, mas ações de veículos elétricos caíram com vitória de Trump
O movimento de alta ocorre em meio as expectativas de que o governo chinês adote novos estímulos fiscais após a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, elevando a incerteza nas relações comerciais entre EUA e China.
Os resultados do mercado chinês foram impulsionados principalmente pelos setores de corretoras e seguradoras, que reagiram positivamente à possibilidade de medidas de incentivo econômico. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,02%, chegando a 20.953,34 pontos, puxado por ações de tecnologia.
Por outro lado, as ações chinesas de veículos elétricos ampliaram as perdas no último pregão, segundo informações da CNBC. As empresas Geely Automobiles e BYD registraram quedas de 2,61% e 3,32%. Outras empresas do setor em queda:
- Nio registrava queda de 2,86%
- Xpeng teve queda de 1,42%
- Xiaomi, que entrou recentemente no mercado de veículos elétricos, caiu 1,81%.
Em outros mercados asiáticos, o índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 0,04% em Seul, fechando a 2.564,63 pontos, enquanto o Taiex avançou 0,82% em Taiwan, para 23.408,82 pontos.
Na contramão, o japonês Nikkei recuou 0,25% em Tóquio, fechando a 39.381,41 pontos, com os investidores ajustando posições antes da decisão sobre a taxa de juros do Federal Reserve, o banco central dos EUA, prevista para hoje.