O dólar fechou em alta de 0,59% nesta segunda-feira (11), cotado a R$ 5,77, após chegar a romper o nível técnico de R$ 5,80 na manhã.
A moeda americana reagiu ao cenário de incertezas fiscais no Brasil e ao fortalecimento global frente às demais divisas, enquanto o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, operou em leve alta, refletindo melhora no apetite ao risco na segunda metade do pregão.
Incertezas fiscais
No cenário doméstico, o real foi pressionado pela falta de definição sobre o pacote de corte de gastos, ainda em discussão pelo governo Lula. No entanto, fontes relataram que o presidente Lula estaria reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após o fechamento do mercado de câmbio, aliviando o dólar futuro.
Movimento do dólar no exterior
Lá fora, o dólar também se fortaleceu globalmente, impulsionado pela perspectiva de políticas econômicas mais protecionistas nos Estados Unidos com a eleição de Donald Trump.
Este movimento pressiona o índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, incluindo o euro e o iene. O índice chegou a ultrapassar os 105,700 pontos, refletindo a cautela de investidores diante de possíveis novas tensões comerciais entre EUA e China.
Commodities e dados da China pesam
Os preços das commodities também recuaram, pressionados por indicadores econômicos fracos da China, como a inflação ao consumidor, que trouxe preocupação sobre o ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo.
Esse cenário afeta moedas emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano, que registraram quedas superiores a 2% e 1%, respectivamente, refletindo o impacto direto das condições globais nas economias dependentes de exportações.