Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito, neste domingo (30), o 39° presidente da República com 50,88% dos votos válidos. Lula venceu o atual presidente, Jair Bolsonaro. Com 77 anos, o petista inicia sua terceira estadia no Plácio do Planalto.
A corrida foi acirrada e o resultado é irreversível às 20:25h, com 99,5% das urnas apuradas.
Como o mercado deve reagir ao mandatário petista
Entre 2002 e 2005, primeiro mandato de Lula, foi o período em que o investidor médio mais lucrou na Bolsa. Entretanto na era Lula, o Brasil não surfou essa onda sozinho. As bolsas de outros países da América Latina – como Peru, México e Colômbia – também viram seus rendimentos crescerem e, inclusive, acima do desempenho brasileiro.
Também foi no governo do petista que o desempenho da economia chinesa passou a exercer forte influência sobre o dinamismo da bolsa brasileiro.
Quem caiu e quem subiu?
Muito além da rentabilidade do Ibovespa, as políticas definidas por cada gestão têm o poder de influenciar o desenvolvimento de cada setor. Veja o levantamento completo.
Por isso, vale olhar quais foram as maiores altas e maiores quedas das ações que compõem o Ibovespa em cada mandato presidencial. Um fato que chama a atenção é que, ao fim do primeiro mandato de Lula, apenas uma ação do índice registrou variação negativa no período.
Para Thiago Raymon, gestor da Titan Capital, apesar de a quantidade de ativos com valorização acima de 1.000% nos governos FHC e Lula chamar a atenção, é preciso lembrar que o mercado estava menos maduro, com poucos players fortes, ou seja: tinha mais volatilidade e espaço para grandes saltos e igualmente grandes perdas.

Chance de “porrada”
A casa de análise Empiricus aposta que, em um possível governo Lula, o mercado de ações “pode dar uma porrada para cima”. Confira análise completa.
O texto do CIO da Empiricus e sócio do BTG Pactual, Felipe Miranda, faz boas previsões para o mercado, caso o ex-presidente petista seja reeleito.
Para a Empiricus, os ganhos de um novo mandato podem superar os vistos anteriormente, isto porque a lógica de mercado atual oferece ações descontadas, uma política de combate à inflação avançada e, com a definição da eleição, um cenário de mais certezas.
Os nomes de Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles em um novo governo também alegram o mercado. Para Miranda, a aproximação do ex-governador de São Paulo com o agronegócio tem valorizado a Bolsa e pressionando o dólar, além de mostrar uma familiarização ainda maior com a direita brasileira.
Imagem: Elaboração Própria