A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou a abertura de um novo processo de contratação para a construção de até duas unidades de produção de petróleo do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência), destinadas ao projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na Bacia de Sergipe-Alagoas.
O modelo adotado será o Build, Operate and Transfer (BOT), no qual a contratada será responsável pelo projeto, construção, montagem e operação inicial do ativo, transferindo a operação posteriormente para a Petrobras.
Nesta segunda-feira (2), as ações da estatal operam em alta, com os papéis ordinários (PETR3) subindo 0,75%, a R$ 42,94, e os preferenciais (PETR4) sobem 0,80%, a R$ 39,21
O processo inclui a licitação de uma unidade firme para o SEAP 2, com início de operações previsto para 2030, e uma opção de compra de um segundo FPSO para o SEAP 1.
As unidades terão capacidade de processar até 120 mil barris de petróleo por dia (bpd) e 12 milhões de m³ de gás por dia, com exportação direta do gás, sem necessidade de tratamento adicional em terra.
Novas abordagens da Petrobras
A escolha do modelo BOT é parte da estratégia da estatal de adotar novas abordagens para contratação de FPSOs, oferecendo soluções de financiamento e maior agilidade para iniciar a produção dos projetos.
“Essas unidades são estratégicas para ampliar a oferta de gás nacional e abrir uma nova fronteira de produção na região Nordeste”, destacou a Petrobras em comunicado.
Produção ampliada no Nordeste
- SEAP 1: Abrange jazidas nos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta, localizados nas concessões BM-SEAL-10 (100% Petrobras) e BM-SEAL-11 (60% Petrobras e 40% IBV Brasil Petróleo LTDA).
- SEAP 2: Abrange jazidas nos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste, localizados nas concessões BM-SEAL-4 (75% Petrobras e 25% ONGC Campos Limitada), BM-SEAL-4A (100% Petrobras) e BM-SEAL-10 (100% Petrobras).
Com o projeto Sergipe Águas Profundas, a Petrobras busca ampliar a produção e comercialização de gás e petróleo na região Nordeste, fortalecendo a oferta energética e gerando valor para a sociedade e os acionistas.