A gigante da indústria do açúcar Cosan (CSAN3) justificou em nota sua compra de uma fatia de 4,9% da Vale (VALE3). Após o anúncio da compra dos ativos no dia 7 de outubro, as ações da empresa despencaram mais de 16%, em dois dias.
O documento destaca principalmente a questão ESG (sigla que corresponde para melhorias no meio ambiente, social e de governança) da empresa. O tema é “muito caro à Cosan”, principalmente no que se refere a transição energética e segurança do trabalho, diz a carta aos acionistas.
“Durante os últimos 15 anos, a Cosan passou por uma completa transformação. De uma empresa produtora de açúcar e álcool, com uma estrutura societária complexa, para um grupo de companhias abertas de recursos naturais com contínua melhora na governança e transparência, mantendo seu DNA empreendedor de controlador único. Nesse período, fizemos movimentos e aquisições ousadas, que também, inicialmente, não foram compreendidas. Sempre buscamos ouvir com atenção o mercado e explicar onde queríamos chegar, ainda que o caminho até nosso objetivo fosse longo ou desafiador”, apontou a empresa.
A Cosan aproveitou para enaltecer a qualidade do serviço prestado pela Vale, dizendo que ela “tem o melhor minério de ferro do mundo e reservas de metais básicos promissoras, o que a faz uma empresa-chave para a transição energética global e descarbonização”.
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