O adiamento de definições nas eleições para o governo federal e em São Paulo tende a ser positivo para o mercado financeiro nesta semana. A ideia é que o aperto na diferença entre os candidatos obrigue o vencedor a dialogar com outro lado e impeça arroubos de extremos — à esquerda ou à direita.
O Ibovespa futuro com vencimento em outubro abriu o pregão desta segunda (3) em alta de mais de 3% e disparou os ganhos.
Na Bolsa, a perspectiva é de bom humor, na análise de Lucas Rocco, CEO da Wise Investimentos|BTG Pactual. No podcast do Monitor do Mercado desta segunda-feira (3/10), Rocco comenta que a necessidade de equilibrar os discursos dos candidatos deve animar o mercado, que está sempre em busca da maior estabilidade.
Em São Paulo, com a ida de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, ao segundo turno para governador do estado, algumas empresas que são passíveis de privatização podem ter movimentos positivos, já que Tarcísio é um “privatizador nato”, nas palavras de Rocco.
Cemig e Copasa também podem ser afetadas positivamente com a reeleição de Romeu Zema, com mais de 56% dos votos, em Minas Gerais.
A base bolsonarista se mostrou sólida e obteve um bom resultado, com a eleição de mais de 100 deputados e 15 senadores. Ou seja, mesmo com uma eventual vitória de Lula, o petista terá dificuldade em dar alguma guinada à esquerda no próximo governo.
O primeiro turno foi marcado pela demonstração de força da direita brasileira, já que se esperava uma disparidade maior entre os principais candidatos à presidência. Como foi noticiado pelo Monitor do Mercado, pesquisas apontavam que o candidato do PT tinha uma vantagem de no mínimo 10 pontos percentuais. No fim, apenas 5 pontos percentuais separaram Lula e Bolsonaro.
Imagem – Divulgação TSE