O dólar abriu a sessão em queda. O mercado ainda digere as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) – alta de 0,75 ponto percentual (pp) nos juros – e Comitê de Política Monetária (Copom) – manutenção da taxa anual em 13,75% -, mas os altos juros domésticos e os sinais de uma desaceleração global da economia favorecem a moeda brasileira.
Para a economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, “temos a tendência global de dólar mais forte, com o DXY (cesta de moedas desenvolvidas) próximo às suas máximas históricas”.
Abdelmalack explica que os altos juros praticados no Brasil e o intenso fluxo estrangeiro tornam são fatores que tornam o Brasil atrativo: “O real é uma das únicas moedas que consegue se manter valorizada em relação ao dólar, especialmente entre os emergentes”, aponta.
Outros pontos que contribuem para este cenário doméstico positivo são a desaceleração da China, o descontrole inflacionário nos Estados Unidos e o conflito na Ucrânia, o que tornam o Brasil uma boa opção para os investidores, explica Abdelmalack.
Por volta das 9h40 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,44%, cotado a R$ 5,1490 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2022 recuava 0,46%, cotado a R$ 5.159,50.
Paulo Holland / Agência CMA
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