A crise energética obrigou gigantes da indústria da Europa, como ArcelorMital, Alcoa e Arc International, a suspender funcionários e diminuir a produção.
A produção industrial na eurozona caiu 2,3% no mês de julho em comparação ao mesmo período no ano anterior, a maior queda em mais de dois anos.
A multinacional do aço ArcelorMittal, ao anunciar os cortes, disse que fechará unidades na Alemanha e na Espanha. A siderúrgica utiliza energia de forma intensiva em seus altos-fornos, já que produz mais de 3,65 milhões de toneladas ao ano em ambos os países.
“Os altos custos do gás e da eletricidade estão pressionando fortemente nossa competitividade”, disse o diretor-presidente responsável pelas sedes na Alemanha, Reiner Blascheck.
Já a francesa Arc International, de louças e vidros, anunciou que terá de colocar um terço de seus funcionários em licença parcial. E suas fornalhas passaram a usar diesel, como alternativa de combustível mais barato, no lugar de gás que encareceu.
Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em resposta às sanções impostas pelo Ocidente, os russos têm cortado cada vez mais a distribuição de gás natural. A crise energética sem precedentes pode ter novos e graves desdobramentos, com a aproximação do inverno europeu.
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