O ex-presidente e candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem, em entrevista ao Jornal Nacional, que “não pode dizer que não houve corrupção” na Petrobras em governos petistas. Ele ainda admitiu erros da ex presidente Dilma Rousseff na economia e disse que quer pacificar o país. As informações são do G1.
Outro tema da entrevista foi a economia. Lula foi questionado se, caso eleito, adotará políticas econômicas do seu governo ou as do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, sua aliada e sucessora. Nos últimos anos da gestão de Dilma, o país viveu uma forte crise econômica.
Lula reconheceu erros do governo de sua aliada. Ele citou a “questão da gasolina”, em referência ao fato de Dilma ter segurado artificialmente os preços. Ele também criticou as desonerações para o setor produtivo concedidas pela ex-presidente.
Novamente o ex-presidente foi questionado se implementaria as políticas econômicas de seus mandatos ou se basearia nas opiniões do PT que orientaram Dilma. O candidato não respondeu diretamente, mas afirmou que quer “fazer melhor do que fez”.
Lula falou sobre pacificar o país quando foi questionado sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O candidato afirmou que o MST hoje é diferente de 30 anos atrás, quando invadia propriedades rurais.
Lula emendou com uma fala de que é preciso ter paz no campo e que fazendeiros apoiam Bolsonaro porque o presidente está facilitando acesso a armas de fogo. Mas, segundo Lula, arma não é a solução.
Outro tema tratado na entrevista foi o orçamento secreto. Lula chamou a prática de “escárnio”. Para Lula, o poder Executivo ficou refém do Congresso em razão do orçamento secreto.
“Hoje, não é só o presidente da República, não. Os governadores dos estados estão reféns dessas emendas secretas também. Porque antigamente o deputado ia conversar com o governador para fazer a aplicação de verba. Hoje, os deputados não conversam mais. Tem deputado liberando R$ 200 milhões, R$ 150 milhões, R$ 100 milhões. Isso é um escárnio. Isso não é democracia”, argumentou Lula.
Lula foi questionado sobre o discurso do “nós contra eles” que, ao longo dos governos do PT, alimentou uma forte polarização entre direita e esquerda e resultou em episódios de violência entre militantes dos dois grupos. Como resposta, Lula disse que a polarização é saudável e que nunca tratou os opositores do PSDB, à época, como inimigos.
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