O dólar fechou esta sexta-feira (28) em forte alta de 1,5%, cotado a R$ 5,91. A valorização do dólar frente ao real ocorreu em meio a incertezas políticas no Brasil e tensões geopolíticas no exterior.
O desempenho da moeda refletiu a reação do mercado à nomeação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), além de declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o conflito na Ucrânia.
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Parte da alta do dólar nesta sexta-feira também foi atribuída à busca por proteção dos investidores antes do feriado de Carnaval, que manterá o mercado fechado nos dias 3 e 4 de março.
Com a alta de hoje, a moeda americana encerrou a semana com valorização de 3,24%. Em fevereiro, a moeda subiu 1,37%, revertendo parte da queda de 5,56% registrada em janeiro. No entanto, em 2025, o dólar ainda apresenta uma desvalorização de 4,87% frente ao real.
Nomeação de Gleisi Hoffmann gera reação no câmbio
A escolha de Gleisi Hoffmann para a SRI, responsável pela articulação política do governo, foi vista com cautela pelos investidores. Gleisi tem um histórico de críticas a medidas de controle fiscal e à política de juros do Banco Central, o que gerou incertezas sobre a condução econômica do governo.
A reação do mercado foi imediata, e o dólar superou a marca de R$ 5,88 logo após o anúncio. Analistas indicam que a nomeação pode sinalizar mudanças na relação do governo com o Congresso e na condução da política econômica.
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Tensões internacionais pressionam dólar
No cenário externo, a cotação do dólar foi impactada por um episódio de tensão entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante um encontro na Casa Branca. Trump declarou que Zelensky “não está pronto para a paz”, aumentando a percepção de instabilidade no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Além disso, a expectativa de novas tarifas de importação nos EUA contribuiu para o fortalecimento global do dólar. Caso Trump implemente tarifas sobre México, Canadá e China, há risco de impacto na inflação americana, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a adiar cortes de juros ou até mesmo elevar as taxas.