O dólar fechou esta sexta-feira (7) em alta de 0,53%, a R$ 5,79 — próximo do nível psicológico de R$ 5,80. O movimento foi influenciado por fatores externos e domésticos, incluindo a queda do PIB brasileiro no quarto trimestre e a piora nos dados da economia chinesa.
A desvalorização do real acompanhou o enfraquecimento das moedas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rand sul-africano e o peso colombiano.
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Dados da China mostraram uma queda mais forte que o esperado nas importações, elevando a incerteza sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo.
PIB fraco pressiona o real
No cenário doméstico, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu apenas 0,2% no quarto trimestre de 2023, abaixo da expectativa de 0,4%. No acumulado do ano, a expansão foi de 3,4%. O resultado reforça o cenário de desaceleração econômica e reduz a atratividade do país para investidores estrangeiros.
Com isso, os juros futuros recuaram, favorecendo a valorização do dólar ante o real. A expectativa de menor crescimento também diminui a margem para novas altas na taxa Selic, que atualmente está em processo de corte.
Medidas do governo
Analistas avaliam que as recentes medidas do governo, como a isenção de impostos de importação sobre alimentos, terão efeito limitado sobre a inflação, mas podem impactar negativamente a arrecadação. Estimativas apontam uma perda de até R$ 1 bilhão por ano na receita fiscal.
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A piora do quadro fiscal preocupa investidores, já que um aumento dos gastos sem contrapartida pode levar a um real ainda mais desvalorizado.
Balança comercial surpreende com déficit
A balança comercial brasileira registrou um déficit inesperado de US$ 323,7 milhões em fevereiro, contrariando a projeção de um superávit de US$ 1,97 bilhão. O resultado foi impactado pela compra de uma plataforma de petróleo. Sem essa operação, o saldo seria positivo em US$ 2,6 bilhões.
Fed pode cortar juros em breve
Nos Estados Unidos, o relatório de emprego (payroll) veio abaixo do esperado, com a criação de 151 mil vagas em fevereiro, enquanto a projeção era de 160 mil. A taxa de desemprego subiu para 4,1%, aumentando as apostas de que o Federal Reserve (Fed) pode iniciar cortes de juros já no primeiro semestre.
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O monitoramento do CME Group indica que o mercado está dividido entre maio e junho como provável data para o início da flexibilização monetária nos EUA. Se confirmada, essa mudança pode reduzir a pressão sobre o dólar no médio prazo.