O dólar comercial fechou em queda de 1,06%, cotado a R$ 5,1130. O real foi beneficiado com o saldo de US$ 101,3 bilhões da balança comercial chinesa de julho (as projeções eram de US$ 90 bilhões) que impulsionou o valor das commodities, e pelo movimento de estabilização dos treasuries norte-americanos.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “existe otimismo pela estabilização dos treasuries, além de uma agenda fraca de indicadores, o que está dando um respiro ao mercado”.
Rostagno destaca que os dados favoráveis chineses valorizam as commodities e as moedas ligadas a elas: “O real vai na esteira deste movimento”, observa.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o movimento é de risk on, com a recuperação no preço das commodities. O cenário internacional aponta para uma valorização das emergentes e o dólar está voltando para o patamar justo, que é cerca de R$ 5,10”.
De acordo com o boletim da Ajax Capital, “em semana de dados de inflação nos Estados Unidos, que podem validar apostas mais agressivas no ciclo de alta de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), mercados seguem escalando o muro das incertezas, com commodities e bolsas em alta, apoiados pelas quedas nas taxas de juros, com os investidores precificando que a recessão que se aproxima será suficiente para controlar a elevada inflação atual”.
A Ajax destaca que o real segue o movimento dos seus pares emergentes ligados às commodities, e se valoriza neste início de sessão.
Paulo Holland / Agência CMA
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