O dólar fechou esta quinta-feira (13) em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,80. A moeda oscilou entre uma mínima de R$ 5,7917 e uma máxima de R$ 5,8358 ao longo do dia.
Operadores apontam que a valorização do real foi impulsionada por um possível aumento na entrada de recursos estrangeiros para investimentos em renda fixa e ações no Brasil, além da valorização de outras moedas emergentes.
- 💰 Seu dinheiro escapa e você nem percebe? Baixe grátis a planilha que coloca as finanças no seu controle!
Movimentação do dólar
No início do pregão, o dólar chegou a ensaiar alta, refletindo o movimento da moeda no exterior. O mercado reagiu às ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas da União Europeia.
Ainda pela manhã, a tendência se inverteu, e o dólar passou a cair, acompanhando a alta do Ibovespa, que renovou máximas acima dos 125.600 pontos. O Tesouro Nacional realizou um leilão de títulos públicos e vendeu o lote integral de Letras do Tesouro Nacional (LTN), arrecadando R$ 18,065 bilhões.
Além disso, foram ofertados 6 milhões de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), totalizando R$ 4,863 bilhões. Esse papel é um dos preferidos pelos investidores estrangeiros, o que pode ter contribuído para a entrada de dólares no país.
Enquanto isso, o índice DXY — que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — operava em alta de 0,20%, próximo dos 103,800 pontos. No entanto, a moeda americana perdeu força contra divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano e o rand sul-africano.
- 🔥 Quem tem informação, lucra mais! Receba as melhores oportunidades de investimento direto no seu WhatsApp.
Riscos fiscais
A expectativa do mercado é de que a taxa de câmbio possa ter encontrado um nível de acomodação próximo de R$ 5,80. No entanto, a incerteza fiscal continua como um fator de risco. Os investidores aguardam a votação do orçamento de 2025 na próxima semana, o que pode influenciar o comportamento do câmbio.
Ontem, o governo anunciou cortes de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família e R$ 7 bilhões no Ministério da Educação, enquanto ampliou recursos para o Auxílio Gás e benefícios previdenciários. O Citi destacou que o governo segue tentando enquadrar seus programas no novo arcabouço fiscal, mantendo a meta de déficit primário zero para este ano.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o Bolsa Família não sofrerá cortes, mas ajustes para abrir espaço fiscal para outros programas. Além disso, o governo pretende apresentar, na próxima semana, a proposta de ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.