O setor da construção civil, que, em termos de inovação, só fica atrás da pesca e da caça, está começando a passar por uma forte transformação tecnológica, impulsionada pelo uso de inteligência artificial (IA), internet das coisas (IoT) e monitoramento remoto.
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Um estudo da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revelou que um terço das 163 empresas pesquisadas já possui área especializada em tecnologia ou IA, utilizadas para diversas funções, como:
- Monitoramento com sensores;
- Modelagem e simulação de desgastes;
- Planejamento logístico;
- Previsão de falhas.
David Fratel, diretor-executivo de engenharia do Grupo Kallas e conselheiro do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), explica que o avanço tecnológico melhora a produtividade, qualifica a mão de obra e reduz custos, aumentando as margens das companhias.
Ele conta que o Grupo Kallas já utiliza IA combinada com fotogrametria 3D para mensurar o avanço das obras. Além disso, a companhia adota a digitalização total dos canteiros de obra por meio do sistema Construcode.
Com a ferramenta, os trabalhadores acessam projetos e orientações via QR Code pelo celular, eliminando o uso de plantas em papel. Desde sua implementação, em 2019, a ferramenta já digitalizou 333 mil projetos e registrou quase 370 mil acessos.
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A Internet das Coisas também é utilizada para otimizar o controle e o andamento das obras. Em parceria com a Trackfy, o grupo implementou um sistema que monitora, em tempo real, a localização dos trabalhadores e o avanço das etapas de construção, comparando os dados com modelos previamente estabelecidos.
Outro destaque, segundo Fratel, é a adoção do BIM (Building Information Modeling), tecnologia que usa laser scan para captar imagens e modelar projetos.
O objetivo da tecnologia é reduzir erros de projeto e minimizar retrabalho e desperdício de recursos. Até o momento, mais de 300 mil metros quadrados de terrenos já foram avaliados por esse sistema.
Como investir em empresas no setor
Apesar dos avanços, a histórica falta de modernização nesse setor combinada a alta da taxa de juros (Selic) pode parecer o suficiente para travar um mercado.
Mas aceleradoras e startups encontraram no setor de construção civil um mar aberto. De acordo com o Banco Mundial, o país possui uma demanda reprimida de mais de US$ 700 bilhões em infraestrutura até 2030.
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Além disso, a pressão das novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA), Machine Learning e blockchain, começam a contribuir com eficiência, segurança e otimização, trazendo uma mudança de paradigma.
Aluir Dias, diretor operacional da Vetor AG Ventures, conta, em detalhes, como a venture builder da Andrade Gutierrez tem se adaptado ao “novo mercado” para conectar startups com gigantes da construção civil, no último episódio do Monitor Entrevista. Confira:
