O dólar comercial fechou em alta de 0,03%, cotado a R$ 5,4990. A moeda, que ensaiou um movimento de correção, voltou a ganhar força com a queda global das commodities e o temor de uma recessão global. Na semana, o dólar teve valorização de 1,74%.
De acordo com o sócio fundador da Pronto! Invest, Vanei Nagem, “estamos em um mercado de crise, muito sensível. Com a chegada do final de semana, o investidor tende a ficar protegido em dólar, que é um porto seguro. O real acompanha seus pares, que também estão caindo”.
Segundo o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “hoje, em especial, parece um movimento de correção. O mercado está migrando para a narrativa de que os bancos centrais das economias desenvolvidas comecem a cortar juros no início do próximo ano, devido aos
dados de atividades estarem muito ruins”.
Borsoi também acredita que a China claudicante contribui com a queda no preço das commodities: “Isso começa a gerar um movimento de realocação para países mais sólidos como os Estados Unidos, além de causar uma saída de fluxo estrangeiro dos emergentes”, analisa.
Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, “o comecinho da manhã parecia menos favorável, mas agora o quadro parece diferente com o real se valorizando, assim como o peso mexicano, peso chileno e o rand sul-africano, que segue em linha com o mercado internacional”.
Beyruti entende que existe expectativa com a divulgação do índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, às 10h45, após o índice ter vindo “fraco” na Europa, o que também contribui com o enfraquecimento do dólar. O PMI na Europa atingiu 49,6 pontos em julho, de acordo com a leitura preliminar. A previsão era de 51 pontos.
Paulo Holland / Agência CMA
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