O contrato futuro do ouro encerrou a sessão desta quinta-feira (17) em queda de 0,54%, cotado a US$ 3.328,4 por onça-troy, na Comex — divisão de metais da Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
A queda ocorreu pouco tempo depois do metal atingir um novo recorde intradiário de US$ 3.371,90 — maior alta durante o pregão —, impulsionado pela busca de investidores por ativos mais seguros em meio à escalada da guerra comercial.
Na Comex, o contrato de ouro para entrega em junho recuou 0,54%, fechando a US$ 3.328,4 por onça-troy. A baixa foi atribuída a um movimento de realização de lucros por parte dos investidores, em função do feriado prolongado da Páscoa.
Apesar da correção, o ouro se manteve acima da marca de US$ 3.300 por onça-troy, sustentado pela desvalorização do dólar. Um dólar mais fraco torna o ouro mais barato para compradores estrangeiros, o que costuma impulsionar a demanda pelo metal.
Ouro lidera desempenho no trimestre
O ouro foi o ativo com melhor desempenho no primeiro trimestre de 2025, com valorização de 19,49%, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta. O avanço foi impulsionado pelo cenário global de incerteza e pela demanda por ativos considerados seguros.
No acumulado dos últimos 12 meses até março, o ouro também lidera, com alta de 40,99%.
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Citibank eleva projeção para o ouro
O Citibank elevou sua projeção para o preço do ouro em três meses de US$ 3.000 para US$ 3.500 por onça-troy. A revisão foi justificada pelo forte fluxo de recursos direcionados a ativos de segurança e pelo aumento das compras do metal por bancos centrais.
A movimentação reflete o aumento da aversão ao risco global, especialmente diante das incertezas geopolíticas, diante do aumento do fluxo de investidores em busca de ativos de segurança e compra de Bancos Centrais.
Desempenho de outros ativos
Na outra ponta, Bitcoin e BDRX estão entre as maiores quedas. O Bitcoin recuou 19,26% no trimestre, afetado por maior regulação e realização de lucros.
O índice BDRX, que representa os Brazilian Depositary Receipts (recibos de ações estrangeiras negociados na B3) caiu 15,69%, penalizado pela valorização do real e correção nos mercados internacionais.
Já os ativos de renda variável, tiveram um bom desempenho. Entre os índices de ações, o Small Caps se destacou com alta de 8,87% no trimestre, superando o Ibovespa, que avançou 8,29%. O IDIV, que mede o desempenho de ações com maior distribuição de dividendos, subiu 6,19%.
Segundo o levantamento Elos Ayta, essa foi a melhor performance trimestral do Ibovespa desde o quarto trimestre de 2023, quando o índice subiu 15,12%.
Entre os ativos de renda fixa, o IFIX, que acompanha os fundos imobiliários, teve alta de 6,32%. Já o Ima Geral, que reflete o desempenho dos títulos públicos, avançou 3,36%.
O CDI e a poupança renderam 2,94% e 1,88%, respectivamente; enquanto o IHFA, índice de fundos multimercado, subiu 1%.
Entre as moedas, o dólar Ptax caiu 7,27% no trimestre, registrando a maior queda desde o início de 2022, e o euro Ptax recuou 3,68%.
Histórico reforça perspectiva de alta para o ouro
Em março, o ouro também liderou os ganhos, com alta de 10,79%. O índice Small Caps subiu 6,73%, seguido pelo IFIX (6,14%) e pelo Ibovespa (6,08%). O dólar Ptax caiu 1,82%, enquanto o euro Ptax subiu 1,92%.
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Já os ativos internacionais mantiveram o desempenho negativo: o BDRX caiu 9,44% e o Bitcoin recuou 6,24%.