O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), subiu 0,5 ponto em abril, para 84,8 pontos, influenciado principalmente pela melhora das expectativas para os próximos meses.
A economista do FGV/Ibre, Anna Carolina Gouveia, destacou que o índice recupera apenas 11% das perdas acumuladas nos três meses anteriores. Apesar do avanço, o indicador ainda reflete um ambiente de pessimismo, especialmente entre famílias de renda mais baixa.
“Mesmo com as melhoras pontuais, a confiança do consumidor continua refletindo um forte pessimismo disseminado. Esse sentimento é especialmente evidente entre as famílias de renda mais baixa, cuja confiança recuou pelo quinto mês consecutivo”, afirmou.
Expectativas impulsionam confiança do consumidor, mas consumo segue fraco
A alta do mês foi puxada pelo Índice de Expectativas (IE), que subiu 0,7 ponto e atingiu 88,1 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) ficou praticamente estável, ao subir 0,1 ponto, para 81,1 pontos.
Entre os componentes das expectativas, houve avanço na percepção sobre a situação econômica local futura (alta de 2,7 pontos, para 102 pontos) e sobre a situação financeira futura das famílias (alta de 1,1 ponto, para 85,8), que teve a primeira melhora no ano.
Em contrapartida, o indicador de intenção de compras de bens duráveis caiu 1,8 ponto, para 77,9.
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Apenas famílias com renda intermediária melhoram confiança
A melhora na confiança foi observada apenas entre consumidores com renda entre R$ 2.100 e R$ 9.600. Nas demais faixas de renda, especialmente nas mais baixas, o indicador continuou em queda.
Na média trimestral, o ICC recuou 0,5 ponto, para 84,2 pontos, mantendo o cenário de cautela no consumo das famílias brasileiras.