O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta segunda-feira (28) com alta de 0,21%, aos 135.015,89 pontos, atingindo o maior nível de fechamento desde setembro de 2024. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,4 bilhões.
A alta, segundo especialistas, foi impulsionada pela entrada de fluxo estrangeiro, com investidores migrando seus ativos dos Estados Unidos para o Brasil. Além disso, a expectativa de um encerramento do ciclo de altas da Selic, a taxa básica de juros, contribuiu para o otimismo.
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Apesar do avanço, o índice foi perdendo a força durante a tarde, em um dia sem grandes novidades para o mercado. Em abril, o Ibovespa acumula alta de 2,95%.
Investidores agora esperam por dados econômicos nos Estados Unidos que podem definir a direção do mercado. Entre os indicadores estão: relatório de empregos ADP, primeira leitura do PIB e PCE, índice preferido do Federal Reserve (Fed) para medir a inflação.
Destaques do Ibovespa
Contrariando o minério de ferro, a Vale, ação de maior peso na Bolsa, subiu 0,35%. Petrobras acompanhou o petróleo e fechou em queda de 0,64% (ON) e 0,39% (PN). No setor bancário, o desempenho foi misto, com destaque para Santander (+1,29%) e Banco do Brasil (1,21%).
Entre as maiores altas do dia, ficaram Automob (+8,33%), Lojas Renner (+3,32%) e Yduqs (+3,11%). Enquanto isso, IRB Brasil (-5,37%), Minerva (-4,47%), Hypera (-3,95%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
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Acompanhe gráfico Ibovespa (em tempo real):
Tensão comercial entre EUA e China
No cenário internacional, a relação comercial entre Estados Unidos e China segue como fator de atenção. Nesta segunda-feira, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que cabe à China reduzir as tensões comerciais, diante do atual nível “insustentável” de tarifas entre os dois países.
Reportagem da Dow Jones destacou que, apesar das tarifas começarem a impactar a economia chinesa, Pequim não demonstra pressa para adotar medidas de estímulo.
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, avaliou que existe disposição dos dois países para negociar, mas alertou que a redução das tensões comerciais não será fácil ou rápida.