Ata da última reunião do Fomc, conselho monetário do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, foi divulgada na tarde desta quarta-feira (06).
Para os membros do órgão monetário, o quadro econômico internacional exige uma postura mais restritiva em relação à política monetária porque a inflação segue elevada – como reflexo dos desequilíbrios entre oferta e demanda, em especial, nos mercados de energia e alimentos. Além disso, a guerra na Ucrânia, que já dura cinco meses, aumenta a pressão sobre a inflação e estrangula a atividade global.
Em meio a este cenário, a autoridade monetária americana se preocupa com possíveis novos lockdowns na China, que intensificam os problemas nas cadeias de produção do mundo todo, como observamos na perda de fôlego na atividade global no primeiro trimestre de 2022.
Existe o consenso de que o aperto monetário, apesar do risco de baixo crescimento econômico, é a melhor resposta para enfrentar o cenário adverso. Na visão do órgão, o “aperto pode reduzir ritmo do crescimento, mas é crucial retomar a meta de inflação”. Entretanto, a resolução dos gargalos nas cadeias de produção ainda é considerada incerta.
Na ata, o comitê admite que a expectativa de inflação deteriorou desde a reunião anterior em maior e que está atento aos riscos de uma alta na inflação para dar respostas ágeis para o problema. Os dirigentes do órgão estimam que na próxima reunião um aumento entre 50 pb e 75 pb seria o mais apropriado para conter o aumento dos preços.
Internamente, o conselho avalia que o mercado de trabalho está contraído e que isso ajudou o consumo dos EUA a se manter robusto. Além disso, a questão inflacionária pode se tornar sistêmica caso os agentes do mercado passem a questionar a eficiência e efetividade do Fed em agir contra a inflação.
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