O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta segunda-feira (12) seu novo relatório mensal de oferta e demanda agrícola. Os dados apontaram queda nos estoques de milho e soja nos Estados Unidos, o que pode pressionar os preços das commodities nas próximas sessões.
O analista técnico Guto Gioielli destacou os principais impactos do relatório para o mercado e afirmou que os resultados práticos no mercado podem levar até um dia para serem observados por completo nas Bolsas.
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Estoques menores nos Estados Unidos
Os estoques finais de milho nos EUA caíram de 38,3 milhões para 35,9 milhões de toneladas. Já os estoques de soja passaram de 10,36 milhões para 9,53 milhões de toneladas. Ambos os números ficaram abaixo das expectativas do mercado e indicam possível aperto na oferta doméstica.
Ao mesmo tempo, a área plantada com milho no país subiu de 36,6 milhões para 38,57 milhões de hectares, indicando migração de área anteriormente dedicada à soja, cuja área caiu de 35,22 para 33,78 milhões de hectares.
Brasil e Argentina com safras maiores
No Brasil, a estimativa de produção de milho foi elevada de 126 para 130 milhões de toneladas. Para a soja, a projeção passou de 168 para 169 milhões de toneladas. Os números são superiores às expectativas do mercado, que esperava 127 milhões para o milho.
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Segundo Gioielli, na Argentina, o USDA alinhou suas projeções às da Bolsa de Rosário. A produção de milho foi revista para cima, de 49 para 50 milhões de toneladas. A soja teve leve aumento, de 48,7 para 49 milhões.
Riscos para a soja com clima nos EUA
Para a próxima safra americana, o USDA estimou produção de 401 milhões de toneladas para o milho e 118 milhões para a soja. Gioielli alerta que esse número de soja pode ser revisto para baixo, caso o clima nas lavouras americanas não favoreça o desenvolvimento das plantas.
Segundo ele, uma redução para 117 ou 116 milhões de toneladas pode pressionar ainda mais os estoques dos EUA e os preços da soja no mercado internacional.