A Petrobras (PETR3; PETR4) obteve um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48,6% em relação aos R$ 27,7 bilhões registrados no mesmo período de 2024, porém um pouco abaixo das estimativas do mercado.
Já a receita de vendas somou R$ 123,14 bilhões, representando um crescimento de 4,6% na comparação anual.
A estatal atribui os resultados principalmente ao aumento da produção de petróleo, por efeitos cambiais positivos e melhora no desempenho financeiro.
Segundo o Diretor-financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, neste momento a empresa concentra sua atuação em campos de petróleo em águas profundas, como Búzios e Atapu.
- 🔥 Seu dinheiro pode render mais! Receba um plano de investimentos gratuito, criado sob medida para você. [Acesse agora!]
Ganhos com câmbio reforça resultado da Petrobras
O resultado financeiro líquido da Petrobras foi positivo em R$ 10,6 bilhões no trimestre, revertendo os prejuízos financeiros registrados no quarto trimestre de 2024 (R$ 39,9 bilhões negativos) e no primeiro trimestre do mesmo ano (R$ 9,58 bilhões negativos).
Esse ganho reflete a valorização de 7% do real frente ao dólar, que gerou impacto positivo de R$ 18,36 bilhões.
A companhia também destacou que parte do impacto cambial foi compensada por cerca de R$ 6 bilhões em imposto de renda e contribuição social sobre esse resultado, além de outros efeitos não recorrentes.
Receita com derivados avança
A receita com a venda de combustíveis no mercado interno subiu 8,6% e somou R$ 75,3 bilhões. A Petrobras atribui esse desempenho à elevação média de 6,2% nos preços dos derivados.
Confira os destaques por produto:
- Diesel: R$ 38,3 bilhões (+9,4%)
- Gasolina: R$ 17,3 bilhões (+9,3%)
- Querosene de aviação: R$ 6,5 bilhões (+12%)
As vendas totais no mercado interno (incluindo petróleo, gás, energia elétrica e outros serviços) somaram R$ 91,09 bilhões, alta de 7,5%. Já a receita com exportações recuou 2,8%, totalizando R$ 32,05 bilhões.
- 💰 Seu dinheiro escapa e você nem percebe? Baixe grátis a planilha que coloca as finanças no seu controle!
Ebitda ajustado e endividamento da Petrobras
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 61,08 bilhões, alta de 1,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
A dívida líquida da Petrobras também avançou, com um aumento de 7,3% no trimestre, chegando a US$ 56,03 bilhões, ante os US$ 52,24 bilhões registrados no fim de 2024.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o aumento é de 28,4%, quando a dívida líquida era de US$ 43,64 bilhões.
A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, aumentou para 1,45 vez, contra 1,29 vez em dezembro e 0,86 vez em março de 2024.
Investimentos caem no trimestre
A Petrobras investiu US$ 4,06 bilhões no primeiro trimestre de 2025, aumento de 33,6% na comparação anual. Em relação ao quarto trimestre de 2024, houve queda de aporte em 29,1%.
A maior parte dos investimentos (US$ 3,5 bilhões) foi direcionada à área de exploração e produção, que inclui expansão da capacidade de produção e melhorias em infraestrutura.
Essa área teve queda de 28,5% em relação ao trimestre anterior, refletindo antecipações de desembolsos feitos no fim de 2024 para mitigar riscos de atrasos.
Outros segmentos receberam: US$ 405 milhões para refino, transporte e comercialização e US$ 55 milhões para gás natural e energias de baixo carbono.
- 🔥 Quem tem informação, lucra mais! Receba as melhores oportunidades de investimento direto no seu WhatsApp.
Petrobras aprova R$ 11,72 bilhões em dividendos
O Conselho de administração da estatal também aprovou a distribuição de R$ 11,72 bilhões em proventos aos acionistas, referentes ao primeiro trimestre de 2025. O valor corresponde a R$ 0,90916619 por ação (ordinária e preferencial), sendo:
- Primeira parcela: R$ 0,45458310 em 20 de agosto (forma de JCP)
- Segunda parcela: R$ 0,45458310 em 22 de setembro (R$ 0,30844749 em dividendos e R$ 0,14613560 em JCP)
Segundo a Petrobras, a distribuição segue a política de remuneração que prevê o pagamento de 45% do fluxo de caixa livre quando a dívida bruta estiver abaixo de US$ 75 bilhões.
Dividendos superam trimestre anterior
Para o Goldman Sachs, os proventos anunciados vieram 6% abaixo do consenso de mercado, mas representam uma alta de 31% em relação ao trimestre anterior.
A instituição destacou que, apesar da ligeira decepção em relação às expectativas do mercado, a Petrobras continua com forte geração de caixa e segue comprometida com a sua política de remuneração.