O Ibovespa renovou sua máxima histórica nesta terça-feira (13), aos 138.839,83 pontos, com alta de 1,67%, ultrapassando os 138 mil pontos pela primeira vez. O avanço é impulsionado pela valorização das commodities, expectativas de corte de juros nos Estados Unidos e novos acordos comerciais entre Brasil e China.
Ao mesmo tempo, o dólar opera em queda, recuando 1,31%, cotado a R$ 5,60, enquanto os juros futuros operavam com leve viés de baixa.
O ambiente de otimismo com a Bolsa brasileira está elevado globalmente. Uma pesquisa do Bank of America mostra que 43% dos gestores de fundos da América Latina esperam que o Ibovespa supere os 140 mil pontos até o fim de 2025. Trata-se do maior nível de otimismo desde setembro de 2024.
O levantamento também aponta que 53% dos participantes acreditam que o Brasil terá o melhor desempenho entre os países da região, à frente de México (22%) e Chile. O principal risco citado para os andinos é a oscilação nos preços do cobre.
Commodities e China impulsionam otimismo
O petróleo WTI operava em alta de 2,20% nesta manhã, sustentando os papéis de petroleiras como Prio e Petrorecôncavo. Já as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) operavam em queda após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.
Segundo o BTG Pactual, os números da estatal “não foram bons, mas também não foram terríveis”.
O mercado também reagia positivamente ao anúncio do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, de que o Brasil poderá exportar cinco novos produtos agropecuários para a China. A medida fortalece a balança comercial com a segunda maior economia do mundo.
- ⚡ Investir sem estratégia custa caro! Garanta aqui seu plano personalizado grátis e leve seus investimentos ao próximo nível.
Aposta em corte nos juros após inflação nos EUA
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos teve desaceleração anual para 2,3%, menor patamar desde fevereiro de 2021. Isso reforçou as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve até o fim do ano.
Atualmente, a taxa básica de juros americana está entre 4,25% e 4,50% ao ano. O mercado projeta queda de até 50 pontos-base até dezembro.
Negociações no radar dos investidores
As negociações comerciais envolvendo Estados Unidos e China já eram previstas no radar dos investidores. Ao longo da semana, com o decorrer de novas movimentações no cenário externo, os efeitos devem permanecer.
No episódio desta semana do podcast Perspectivas da Semana, Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, abordou o tema e explicou quais fatores devem exercer influência sobre o Ibovespa nesta semana. Confira abaixo: