Após fechar a Bolsa fechar junho em queda de 11,45%, pior baixa desde março de 2020, o primeiro pregão do segundo semestre começa de mau humor.O Ibovespa futuro cai acompanhando o mercado externo e com os investidores preocupados com a inflação persistente, juros elevados e indícios de que a recessão global está a caminho.Por aqui, as notícias também não são tão animadoras com a aprovação, ontem pelo Senado Federal, da nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis. Com o reconhecimento do estado de emergência, a proposta libera R$ 41,25 bilhões em benefícios sociais e fica fora do teto de gastos. A PEC vai agora à Câmara e deve passar com tranquilidade.
Às 9h50 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em agosto caía 0,20%, aos 99.130 pontos. Os futuros norte-americanos registravam queda e as bolsas europeias operavam mistas. Na Ásia, os índices fecharam em queda.
Segundo os analistas da Commcor Corretora, em relatório, disseram que por aqui a nova PEC dos Combustíveis “dribla o teto e preocupa os investidores devido ao aumento de gastos, impactos fiscais em meio a um cenário de combate à inflação elevada”. O pacote é visto por muitos como eleitoreiro.
Em relação ao cenário internacional, os analistas comentaram que a inflação global e o risco de recessão tomam conta dos investidores. “Esse sentimento de cautela, que foi cada vez mais alimentado no primeiro semestre promete estar presente nos seis meses restantes do ano”.Soraia Budaibes / Agência CMA
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