O Bank of America deu upgrade na recomendação da Vivo (para compra de neutro) e aumentou o preço-alvo para R$60, (de R$53) porque incorporou sinergias móveis da Oi e redução de ICMS. Os analistas do banco, no entanto, mantém a preferência pela TIM entre as empresas de Telecomunicações da América Latina, , com recomendação de compra e novo preço-alvo de R$19 (de R$17).
Os especialistas do BofA estão otimistas com o setor de telecomunicações brasileiro tendo em vista que pode ser uma alternativa de setor defensivo antes da eleições, pelo alto rendimento de Fluxo de Caixa Livre para o Patrimônio Líquido (cerca de 12%), sinergias com a integração da OI e benefício da redução do ICMS (impostos sobre circulação de mercadorias e serviços) – que deve auxiliar no repasse da inflação. Os analistas do BofA consideram, também, que o mercado está mais racional devido à consolidação , além de alta liquidez.
Incorporamos os ativos móveis da Oi em nossos modelos, aumentando R$ 5,4 bilhões em sinergias para Vivo e R$ 6,3 bilhões para TIM respectivamente, dizem os analistas, que explicam que há também riscos significativos de alta que podem derivar da consolidação do mercado, tornando-o um mercado de 3 jogadores. Primeiro, temos o potencial de upselling dos clientes da Oi e outras sinergias relacionadas à receita. Em segundo lugar, também pode haver uma redução nas taxas de rotatividade no médio e longo prazo. Por fim, embora já não tenhamos considerado nenhum capex adicional dos ativos adquiridos, é possível que o capex da Vivo e TIM também seja reduzido
A Vivo também está registrando sólidas adições líquidas de FTTH (Fiber to the Home) e tem muito dinheiro para financiar sua expansão de FTTH, segundo o BofA, que considera que, com os atuais níveis de avaliação, é vislumbra oportunidade de M&A para a Vivo, o que poderia impulsionar seu crescimento, segundo seus analistas.
Embora vejamos espaço para as empresas de telecomunicações absorverem parte desses ganhos, o que poderia levar a um aumento de Ebitda de até 15-20% A/A, esperamos que, no mínimo, isso as ajude a repassar a inflação., analisa o BofA. Esperamos que o efeito do aumento de preços/repasse da inflação seja compensado pela redução do ICMS, levando a uma maior demanda e margens potencialmente mais altas.
Camila Brunelli / Agência CMA
Imagem: divulgação
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