Mesmo com o feriado impactando a liquidez dos mercados de commodities, o contrato do boi gordo chamou atenção dos investidores pelo alto volume negociado. Somados, os contratos Boi-M, Boi-Q e Boi-V movimentaram mais de 10 mil lotes — patamar atípico para um dia de liquidez reduzida.
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Segundo Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, a movimentação levanta a hipótese de migração de posições ou proteção (hedge) por parte de empresas do setor, o que pode indicar ajustes importantes para a próxima semana. Confira a análise:
Milho e soja em queda com clima favorável nos EUA
As commodities agrícolas milho e soja operaram em queda, refletindo as boas condições climáticas nas regiões produtoras dos Estados Unidos. Segundo dados mencionados no mercado, os níveis de seca nas áreas de plantio estão baixos — entre 10% e 13% — favorecendo uma expectativa de supersafra.
O milho para entrega em julho caiu para R$ 62,91, pressionado tanto pela perspectiva de alta produção nos EUA quanto por dúvidas em relação às exportações brasileiras, principalmente com o dólar em valorização.
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Apesar do recuo, analistas monitoram o impacto de uma demanda crescente, principalmente do setor de etanol e da indústria de ração animal, impulsionada pelas exportações de proteínas.
Soja volta abaixo de resistência técnica
A soja, que nos últimos dias vinha testando topos importantes, voltou a operar abaixo da faixa de resistência em torno dos R$ 1.075. O contrato mais líquido no momento é o da soja novembro, que fechou em R$ 298,30, com variação próxima à estabilidade. O movimento também foi influenciado pelas boas perspectivas climáticas nos EUA.
Café e outras commodities
O café apresentou movimentações relevantes, especialmente em contratos de 45 minutos, mas a liquidez geral foi impactada pelo feriado. Foram negociados 561 contratos, número considerado razoável para o dia.
Outros ativos, como prata e urânio, também recuaram, mas o movimento foi mais associado a posições de longo prazo, com pouca influência para operações de curto prazo.
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O petróleo operou em queda, com o contrato de setembro registrando recuo de 1,80%, cotado a US$ 75,69. A commodity ainda permanece em patamar elevado, mas a queda contribuiu para a pressão sobre o setor de energia.
