As tradicionais festas juninas movimentarão cerca de R$ 7,4 bilhões na economia brasileira em junho de 2025, segundo estimativas de um estudo publicado pela CNN Brasil. O valor representaria um novo recorde para as comemorações de Santo Antônio, São João e São Pedro.
A movimentação financeira expressiva das festas juninas se concentra principalmente nas regiões Norte e Nordeste, em setores como turismo, alimentos e vestuário.
A análise mostra que o número de visitantes também crescerá: mais de 24 milhões de pessoas devem frequentar os eventos neste ano, segundo o Ministério do Turismo. Em 2024, foram 21,6 milhões.
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Campina Grande e Caruaru puxam movimentação de festas juninas
A data deve gerar milhares de empregos temporários e aquecer o comércio local — sobretudo em cidades com maior tradição junina, como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).
Em Campina Grande, na Paraíba, no intitulado “Maior São João do Mundo”, são esperados cerca de 3,5 milhões de visitantes, que movimentarão R$ 740 milhões, segundo estimativas locais.
O evento começou em 30 de maio e só terminará no dia 6 de julho, com mais de 200 atrações, gerando cerca de 8 mil empregos diretos e indiretos.
Já em Caruaru, em Pernambuco, com 27 polos culturais e 1.410 atrações programadas até 28 de junho, a previsão é de que 3,7 milhões de pessoas passem pelo evento, gerando um impacto de R$ 750 milhões.
A cidade deve gerar até 80 mil empregos temporários, entre diretos e indiretos, principalmente nos setores de hotelaria, alimentação, vestuário e transporte.
Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte também se destacam
Na Bahia, as festas em Salvador e mais de 280 municípios, impulsionam o cenário, com as estimativas atingindo a maior receita entre os estados: R$ 3 bilhões em 2025, com mais de 2 milhões de visitantes.
Em São Luís (MA), o São João, centrado no Bumba-meu-boi, deve superar os R$ 255 milhões de 2024, com crescimento na malha aérea e forte ocupação na rede hoteleira.
Mossoró (RN), com sua tradicional “Cidade Junina”, estima movimentar R$ 377 milhões, enquanto Aracaju (SE) projeta mais de R$ 100 milhões, com quase 800 mil visitantes esperados e 1.600 empregos gerados.
Impacto chega a São Paulo e beneficia empresas da Bolsa
De origem pagã, as comemorações se popularizaram no Brasil e extrapolam as regiões tradicionalmente conhecidas pelas festas. Em São Paulo, são esperados 520 mil turistas entre junho e agosto, com geração de R$ 389 milhões na economia local, de acordo com a Secretaria de Turismo do Estado.
Empresas de capital aberto podem se beneficiar do ciclo junino. A CVC (CVCB3) lançou pacotes para destinos do Nordeste, enquanto Azul (AZUL4) e Gol (GOLL32) ampliaram voos para a região.
No setor de consumo, marcas como Ambev (ABEV3) e BRF (BRFS3) devem registrar aumento nas vendas de bebidas e alimentos típicos.
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Setor de bares e restaurantes aposta em alta
Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 77% dos empreendedores esperam faturar mais do que no mesmo período do ano passado.
No Norte e Nordeste, a expectativa de crescimento atinge 81% dos negócios. No Sudeste e Centro-Oeste, 73% dos estabelecimentos projetam aumento nas receitas.