Por Rodrigo Luz*
Direcionar os seus esforços de forma adequada sempre será mais efetivo do que simplesmente confiar que alguém enxergará seu potencial e te oferecerá a vaga de emprego dos sonhos. Trago, aqui, uma breve história pessoal para contextualizar a importância de buscar enxergar o que a maioria das pessoas não enxerga.
A minha história é sobre a tão sonhada vaga em uma multinacional! Naquele momento, na fase da vida em que eu estava, a vaga era perfeita para o meu desenvolvimento e para, de fato, alavancar a minha carreira profissional. Então, fui buscar o que era preciso para entrar naquela empresa específica.
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Veja bem, não busquei aleatoriamente no Google sobre qualquer empresa; busquei compreender a cultura e o funcionamento da empresa para a qual eu estava me candidatando.
E então, montei uma estratégia: me aproximei de um dos colaboradores da empresa e, através dele, descobri que, na empresa, duas coisas eram muito importantes: ter um inglês realmente fluente e ter uma boa indicação de alguém que já trabalhava lá — eles davam muito valor para indicações internas. E essa já foi a primeira lição crucial: eu percebi que contatos profissionais fazem toda a diferença.
Ao entender melhor o processo seletivo, comecei a me movimentar de forma estratégica: passei a conversar com pessoas da área, fazer contatos com profissionais que tinham relação com a empresa e, nesse processo, descobri um detalhe fundamental: haveria uma etapa específica da entrevista conduzida por um norte-americano, totalmente em inglês.
Nos dias que antecederam a entrevista principal, me dediquei intensamente a aprimorar meu inglês, focando exatamente no que eu sabia que seria exigido.
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Paralelamente, investi na construção de uma rede de contatos sólida e genuína, mostrando meu valor e meu conhecimento técnico, sem me aproximar das pessoas apenas por interesse superficial. Um exemplo claro disso foi quando descobri que um dos diretores da empresa lecionava um curso sobre um tema que eu já dominava.
Ainda assim, me inscrevi na formação novamente, com o objetivo de criar uma oportunidade legítima de interação, demonstrar minhas habilidades de forma prática e, claro, aumentar minhas chances de conseguir uma indicação para a vaga que eu tanto desejava.
Dessa forma, consegui conquistar a vaga, e essa experiência foi marcante para mim porque a estratégia que eu usava antes — de enviar muitos currículos e “torcer” para ser chamado — se mostrou ineficiente e até mesmo despreparada.
Essa experiência me ensinou, na prática, a importância de direcionar meus esforços para o que realmente faz sentido para o meu objetivo. Eu parei de gastar energia com vagas aleatórias ou com empresas que não tinham conexão com o meu perfil e com o que eu realmente buscava naquele momento da minha carreira.
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Foquei no que eu queria de verdade e trabalhei de forma estratégica para me qualificar exatamente nas competências que eram necessárias para aquela oportunidade específica.
Tal mudança de postura fez toda a diferença. Não era mais sobre tentar agradar o “mercado” ou me encaixar em qualquer vaga disponível. Era sobre entender claramente o meu objetivo, escolher as batalhas certas e concentrar minha energia no que, de fato, poderia me levar até lá. No fim, a vaga veio como consequência de um processo consciente, planejado e com foco absoluto no que eu queria conquistar.
*Rodrigo Luz é CGO (diretor de crescimento, na sigla em inglês) da Wiser Investimentos | BTG Pactual.