O início de julho de 2025 marca uma importante mudança para os trabalhadores do estado de São Paulo. O novo salário mínimo paulista passou a ser de R$ 1.804, apresentando uma elevação de 10% em relação ao valor anterior, de R$ 1.640. Essa atualização foi estabelecida pela Lei 18.153/2025, sancionada pelo governo estadual após aprovação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), e busca beneficiar trabalhadores de diversas categorias sem piso salarial próprio já estabelecido por negociações coletivas ou legislação nacional.
No contexto nacional, o salário mínimo que vigora para 2025 no Brasil é de R$ 1.518, valor inferior ao estipulado no estado paulista. O objetivo dessa diferença é garantir maior proteção social para trabalhadores estaduais que estariam recebendo apenas o piso federal sem essa regulamentação específica. A medida, além de reforçar o poder de compra, contribui para a redução da desigualdade de remuneração em determinados setores.
Quais profissionais são abrangidos pelo salário mínimo paulista?

A legislação estadual assegura o novo piso salarial para trabalhadores de setores variados que não possuem referência de remuneração estabelecida por acordos coletivos ou normas federais. A lista de profissões é extensa e inclui ocupações como:
- Trabalhadores domésticos e cuidadores
- Serventes, mensageiros e auxiliares de serviços gerais
- Operadores de máquinas agrícolas e florestais
- Garçons, cozinheiros, lavadeiros
- Motoboys, telefonistas, digitadores
- Trabalhadores de manutenção, segurança, turismo e hospedagem
- Profissionais da indústria, construção civil, comércio e serviços administrativos
Essas funções, entre outras, passam a ter parâmetros de remuneração mais definidos no estado, trazendo maior segurança jurídica para trabalhadores e empregadores.
Como o piso paulista se compara aos mínimos regionais de outros estados?
A adoção de pisos salariais regionais não é exclusiva de São Paulo. Em outros estados do país, há diferentes faixas de remuneração, que variam conforme cada categoria profissional e legislação local. Por exemplo:
- No Rio de Janeiro, os pisos estão divididos em seis faixas, indo de R$ 1.238,11 na Faixa 1 até R$ 3.158,96 na Faixa 6, de acordo com a tipificação das atividades profissionais.
- No Paraná, o piso regional varia entre R$ 1.984,16 e R$ 2.275,36, segmentado por faixas para diferentes grupos ocupacionais.
- O Rio Grande do Sul possui cinco faixas, com valores entre R$ 1.789,04 e R$ 2.267,21, segundo informações oficias do estado.
- Já em Santa Catarina, o piso regional parte de R$ 1.730,00 e chega até R$ 1.978,00 conforme a faixa salarial da categoria.
Esses exemplos mostram que o salário mínimo regional não é uniforme em todo o Brasil e pode variar significativamente conforme a realidade de cada unidade federativa.
Por que existe diferença entre o salário mínimo estadual e o nacional?
Diversos fatores explicam as variações entre o salário mínimo estadual e o nacional. Entre os principais estão a custa de vida de cada região, os índices de desenvolvimento social e econômico e a valorização das categorias profissionais locais. A legislação prevê que estados podem fixar um piso superior ao nacional para assegurar maior proteção social, beneficiando principalmente categorias mais vulneráveis no mercado de trabalho.
- Ajustes consideram inflação, produtividade e acordos sindicais regionais.
- O piso estadual não pode ser inferior ao nacional, servindo sempre como referência de valor mínimo.
- Categorias já cobertas por convenções coletivas específicas continuam seguindo seus próprios pisos e regras.
Esse mecanismo permite ajustes mais adequados à realidade de cada estado, tanto para empresas quanto para trabalhadores, respeitando as demandas econômicas e sociais regionais.
Qual o impacto do novo piso paulista para trabalhadores e economia?
O reajuste do salário mínimo paulista deve atingir principalmente profissionais inseridos em postos de trabalho menos especializados. O aumento é importante para garantir dignidade na remuneração mensal e tende a impulsionar o consumo local, já que a maior parte desse valor retorna à economia através de compras de bens essenciais e serviços. Especialistas em mercado de trabalho observam que pisos estaduais mais altos podem incentivar formalização de vagas e colaborar para a diminuição da rotatividade.
No cenário mais amplo, a definição dos pisos regionais evidencia uma movimentação dos estados em busca de políticas salariais mais adaptadas às necessidades locais, refletindo não apenas o valor monetário, mas também diferentes condições econômicas e sociais presentes em cada parte do país.
Por fim, o novo valor para 2025 reafirma o compromisso do estado de São Paulo com a valorização do trabalho e a proteção dos trabalhadores em atividades que carecem de regulamentação própria de piso salarial. A tabela de salários regionais, atualizada, se torna uma referência fundamental para relações de emprego, decisões sindicais e negociações em diversos setores setores da sociedade paulista.