O setor de turismo no Espírito Santo tem crescido e em 2025 já é mais atrativo do que a média dos outros estados brasileiros, segundo o Índice de Atividades Turísticas do Espírito Santo (IATUR), da Fecomercio do Espírito Santo.
Até fevereiro, em pleno verão, o turismo capixaba liderava o crescimento do segmento no Brasil entre todos os 17 estados analisados pelo indicador, com alta anual de 18,1% e registrando o melhor avanço para o mês desde 2014.
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As atividades turísticas no Estado cresceram 8,5% até abril, atingindo 10 meses seguidos de alta, enquanto a média nacional acumula um avanço de 6,4% nos quatro primeiros meses. Somente no primeiro trimestre, o turismo capixaba registrou uma alta de 9,2% na comparação anual. Atualmente, o estado registra o segundo maior crescimento da região Sudeste, atrás apenas do Rio de Janeiro, que lidera o ranking da Fecomercio
Para o secretário de Estado do Turismo, Victor Coelho, o crescimento é reflexo do planejamento e da valorização da cultura local. “O turismo capixaba é um motor de desenvolvimento. Gera empregos, movimenta o comércio e integra o Estado”.
Startups ajudam a transformar o turismo no Espírito Santo
O ambiente favorável ao crescimento do setor tem atraído iniciativas de inovação, como a startup capixaba Vibes, criada por Fernando Gregório. Em entrevista ao Monitor do Mercado, durante o ESX 2025, evento promovido pelo Sebrae no Espírito Santo, o idealizador explicou como projetos locais podem impulsionar a economia local e trazer mais turistas para o estado.
Voltado para o turismo, o aplicativo utiliza geolocalização e inteligência artificial para conectar turistas e moradores a experiências personalizadas de lazer e turismo. Desde 2023, a empresa atua como braço tecnológico do Sebrae no Espírito Santo, desenvolvendo soluções voltadas para pequenos negócios do setor.
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Segundo Gregório, o Espírito Santo foi escolhido como laboratório para o desenvolvimento da solução por reunir, em escala reduzida, as principais características culturais e geográficas do Brasil, mas hoje já está disponível em todo o Brasil.
“O estado tem uma diversidade cultural muito rica, com influência italiana, alemã, indígena e pomerana. É um recorte do país e ideal para validar inovações”, explica.
Parceria com o Sebrae e foco no empreendedor local
De acordo com dados da Embratur, 97% dos empreendedores do setor de turismo no Brasil são microempreendedores individuais (MEIs). Para atender esse público, o Vibes e o Sebrae firmaram uma parceria para desenvolver pacotes turísticos e experiências locais.
Gregório explicou que o projeto tinha previsão inicial de durar dois anos, mas foi executado em apenas seis meses com a união da expertise tecnológica da startup com a experiência do Sebrae no apoio a pequenos negócios.
“O turismo de experiência é um produto de alto valor agregado. Vai além de visitar um ponto turístico: é viver uma rotina, como dormir no convento da Penha, colher o próprio café ou visitar aldeias indígenas. Isso agrega valor e gera mais receita para os empreendedores locais”, explica Gregório.
Atualmente, a plataforma já oferece pacotes, rotas turísticas, eventos locais, conteúdo audiovisual dos destinos e funcionalidades como integração com aplicativos de mobilidade, localização em tempo real e recomendações personalizadas baseadas no perfil do usuário.
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Empreendedor precisa saber a hora de crescer
Mesmo com o avanço do turismo no Espírito Santo, o CEO do Vibes alerta para a cautela no processo de captação de investimentos. A startup levou oito anos para ser estruturada até receber um aporte de R$ 3,5 milhões em outubro de 2023.
“O imediatismo é uma armadilha para o empreendedor. O investidor não coloca dinheiro em uma ideia, mas em um modelo validado, com potencial de receita e escalabilidade”, diz.
Gregório aponta que, após o estouro da bolha das startups, o mercado de capital se tornou mais seletivo. “Hoje o investidor quer retorno real. O empreendedor precisa entender a expectativa de quem aporta recursos e saber se está pronto para corresponder. Senão, pode queimar uma boa ideia por falta de preparo”, afirma.
Segundo ele, startups que operam no setor de turismo precisam entender que a escalabilidade está na combinação entre tecnologia e experiência local. “É preciso valorizar o pequeno empreendedor, que é a base do setor no Brasil, e, ao mesmo tempo, oferecer ao turista soluções práticas, integradas e seguras.”