O dólar fechou esta segunda-feira (14) em alta de 0,66% frente ao real, a R$ 5,58. A valorização do dólar reflete ao aumento da demanda por proteção no mercado cambial diante das incertezas sobre a resposta do Brasil às novas tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos.
No fim da tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o decreto com a resposta do Brasil já está pronto. A assinatura pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prevista para hoje, com publicação no Diário Oficial nesta terça-feira (15).
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O texto do decreto não menciona diretamente os Estados Unidos, mas se baseia em uma lei que permite ao Executivo adotar medidas de proteção ao país quando outros governos impõem ações unilaterais.
Além disso, o ministro confirmou que o governo defenderá, também nesta terça, a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em uma reunião de conciliação com o Congresso, mediada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Com o movimento, o dólar acumula alta de 2,76% em julho, após ter encerrado o primeiro semestre com queda de 12,07%.
Risco fiscal limita valorização do real
O time de economistas do Itaú, liderado por Mario Mesquita, avalia que o anúncio das tarifas reverteu parte do cenário positivo para o real. A moeda vinha se beneficiando de um dólar mais fraco globalmente e da taxa de juros interna mais alta.
O banco mantém projeção de câmbio a R$ 5,65 no fim de 2025 e 2026. No entanto, a combinação de tarifas, incertezas fiscais e dúvidas sobre a reforma tributária impede uma valorização mais forte do real.
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Dólar forte no exterior também influencia
No exterior, o Dollar Index (DXY), que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes, superou os 98,100 pontos no fim do dia. O índice acumula alta de mais de 1,30% em julho.