O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta terça-feira (15) praticamente estável, com leve queda de 0,04%, aos 135.250,10 pontos. O volume financeiro negociado somou R$ 18,2 bilhões.
Investidores ficaram mais cautelosos diante da audiência de conciliação entre governo e Congresso sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mediada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ausência do ministro Fernando Haddad (Fazenda) e de líderes do Legislativo, reduziu as chances de um acordo. Com isso, o ministro Alexandre de Moraes (STF) decidirá sobre o tema.
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Outro fator que manteve o mercado em alerta foi o risco tarifário envolvendo o governo dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump retomou o discurso de sobretaxar importações, incluindo do Brasil.
A ausência de sinais sobre uma prorrogação do prazo de negociação entre os dois países, marcado para 1º de agosto, elevou a cautela entre investidores. O tema tem impacto direto nas exportações brasileiras e no câmbio.
Com a queda, a Bolsa completou sete quedas seguidas, o que não ocorria desde agosto de 2023 — quando caiu 13 sessões consecutivas. O Ibovespa acumula perdas de 0,69% na semana e de 2,60% no mês. No ano, ainda registra alta de 12,44%.
Destaques do Ibovespa
A Vale, ação de maior peso no índice, caiu 2,62%, pressionadas pelos dados da China. Mesmo com a expansão do PIB chinês em 5,2% no segundo trimestre, as vendas de novas moradias caíram 5,2%, indicando enfraquecimento na demanda por aço. Petrobras também recuou 1,14% (ON) e 0,78% (PN).
O setor bancário ajudou a limitar as perdas: Santander (Unit) subiu 2,28%, Banco do Brasil (ON) avançou 1,06%, Itaú (PN) ganhou 0,34% e Bradesco (ON) teve alta de 0,07%.
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Entre as maiores altas do dia, ficaram CVC (+6,55%), São Martinho (+3,67%), Marcopolo (+3,47%). Por outro lado, MRV (-2,87%), Vale (-2,62%) e Bradespar (-2,37%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
Acompanhe o gráfico Ibovespa (em tempo real):
Dados de inflação nos EUA
No cenário externo, o destaque foi a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que avançou 0,3% em junho. No acumulado de 12 meses, o índice subiu de 2,4% para 2,7%, conforme o esperado pelo mercado.
