O mercado de commodities teve um dia de volume negociado mais fraco nesta terça-feira (22), com destaque para o milho, que movimentou apenas 4.220 contratos em seu vencimento mais líquido, enquanto a soja teve apenas 1.215 contratos.
Hoje, o fundador do Portal das Commodities, Guto Gioielli, destaca em sua análise que a colheita da segunda safra de milho no Brasil está avançando em ritmo acelerado, pressionando os preços no mercado internacional.
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A produção combinada da América do Sul — Brasil com cerca de 130 milhões de toneladas e Argentina com 49 milhões — totaliza aproximadamente 170 milhões de toneladas entrando no mercado.
Além disso, o recuo das exportações brasileiras na última semana também contribuiu para a baixa. O milho recuou mesmo com o dólar em alta, o que, em tese, tornaria o produto mais competitivo no exterior. Confira a análise na íntegra abaixo:
Colheita de milho avança no Paraná
O Deral, órgão de estatísticas agrícolas do Paraná, informou que 53% do milho segunda safra já foi colhido no estado. No país, o avanço chega a 50,5%. O Mato Grosso já concluiu a colheita.
Apesar de problemas climáticos durante o ciclo, a produtividade tem surpreendido positivamente em diversas regiões.
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Soja se sustenta com apoio dos EUA
A soja manteve os preços estáveis, com o contrato de novembro ficando no zero a zero. Segundo Gioielli, a produção no Brasil continua entrando no mercado, enquanto nos Estados Unidos a safra segue em desenvolvimento.
O apoio vem do setor de biocombustíveis. A legislação norte-americana dá preferência para produtos domésticos, o que limita importações e ajuda a sustentar os preços da soja americana e, por reflexo, da brasileira.
Boi tenta se firmar no suporte
O boi gordo opera próximo a um suporte técnico importante, na casa dos R$ 308 por arroba, que corresponde ao nível de 61,8% de retração de Fibonacci. Segundo Gioielli, o mercado ainda testa se o patamar será respeitado ou se o movimento de queda continuará.
A média móvel de 200 períodos também atua como suporte para o preço.
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Café tenta recuperação após perdas
O café ensaiou uma reação e chegou a romper a média de 20 períodos, sugerindo uma possível alta. No entanto, o mercado segue pressionado por dois fatores: queda na produção brasileira e impacto negativo das tarifas internacionais.
A safra 2024 está abaixo do esperado em volume e qualidade, devido às chuvas no fim do ciclo que dificultaram a colheita.