A Vale (VALE3) produziu 83,6 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro no segundo trimestre de 2025, alta de 3,7% na comparação anual e de 23,6% em relação ao primeiro trimestre. Os dados foram divulgados pela mineradora nesta segunda-feira (22).
Por outro lado, as vendas envolvendo minério de ferro atingiram 77,3 Mt, queda de 3,1% em relação ao mesmo período de 2024, mas avanço de 16,9% sobre o primeiro trimestre.
Segundo a Vale, o trimestre foi marcado por “um sólido desempenho em todos os segmentos de negócio”. O minério de ferro, em específico, foi impulsionado pela combinação de novos ativos em desenvolvimento (‘ramp-up’) e a maior confiabilidade operacional.
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Também foram destacados os bons desempenhos das minas de Brucutu, com o comissionamento da quarta linha de processamento, e S11D, que registrou recorde para um segundo trimestre.
As vendas de finos somaram 67,7 Mt, queda anual de 1,2%. Em relação ao primeiro trimestre, houve alta de 19,2%.
Para o BTG Pactual, o resultado superou em 2% as estimativas. Segundo os analistas, o aumento dos volumes coloca a Vale no caminho para atingir a meta anual de 325 a 335 Mt. Entretanto, destacam que os preços foram pressionados pelo menor teor médio do minério e pela redução da participação das pelotas.
“O foco da Vale na mistura de produtos é adequado, mas o mercado para minérios de alta qualidade segue fraco”, afirmam Leonardo Correa e Marcelo Arazi, do BTG.
O banco manteve postura cautelosa, citando incertezas no cenário macroeconômico e demanda chinesa. Com isso, a recomendação é neutra para VALE3, com preço-alvo R$ 65.
Vale tem maior produção de cobre desde 2019
A Vale produziu 92,6 mil toneladas de cobre, crescimento de 17,8% na comparação anual e de 1,9% ante o trimestre anterior. Essa foi a segunda maior produção para um segundo trimestre desde 2019.
O desempenho foi favorecido por maiores teores em Sossego, capacidade nominal no Complexo de Salobo e avanço do projeto VBME.
As vendas somaram 89 mil toneladas, alta de 17% ano a ano. O preço médio foi de US$ 8.985 por tonelada, queda de 2,4% frente a 2024.
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Níquel cresce 44%, mas preço recua
A produção de níquel alcançou 40,3 mil toneladas, alta de 44,4% em relação ao 2º trimestre de 2024. No entanto, houve queda de 8,2% frente ao trimestre anterior.
O aumento da produção foi impulsionado por ativos no Canadá, em Onça Puma e pelo ramp-up do projeto Voisey’s Bay Mine Expansion (VBME).
As vendas totalizaram 41,4 mil toneladas, avanço de 20,7% na base anual. O preço médio do níquel ficou em US$ 15.800 por tonelada, recuo de 15,2% ante 2024.