O dólar fechou esta quarta-feira (23) em queda de 0,79% frente ao real, a R$ 5,52, acompanhando o maior apetite por risco no mercado global. O movimento ocorreu após sinais de que os Estados Unidos devem avançar em novos acordos comerciais.
A perspectiva de mais acordos elevou o apetite por risco, favorecendo moedas emergentes, inclusive o real, mesmo em um dia de baixa do minério de ferro e volatilidade do petróleo.
Hoje, Washington anunciou acordo com o Japão. Segundo analistas, a negociação abre espaço para outros entendimentos, inclusive com a União Europeia (UE). Reportagem do Financial Times indicou que EUA e UE discutem tarifa de 15% sobre produtos europeus, abaixo dos 30% cogitados anteriormente.
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A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que, após acertos com Japão, Indonésia e Filipinas, os EUA devem anunciar mais acordos, sem especificar prazos.
DXY em queda e efeito no câmbio
A desvalorização do dólar no exterior também influenciou. O índice DXY, que mede a força da moeda americana frente a pares fortes, caiu após notícias sobre negociações comerciais.
Carry trade e diferencial de juros
Analistas destacam ainda que a expectativa de manutenção da Selic em 15% pelo Copom na próxima semana contribui para atrair capital estrangeiro. Essa estratégia é chamada de carry trade, em que investidores buscam ganhos com juros elevados em mercados emergentes.
Por outro lado, Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa, ressaltou, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que os fluxos ainda não confirmam esse movimento. Dados do Banco Central indicam que, apesar de saldo positivo de US$ 216 milhões na semana passada, julho acumula saída líquida de US$ 1,003 bilhão.
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