O dólar fechou esta segunda-feira (28) em alta de 0,5%, a R$ 5,59 — maior valor desde 4 de junho de 2025, quando havia fechado em R$ 5,64. A moeda americana foi pressionada por fatores externos e pela política tarifária dos Estados Unidos.
A valorização global do dólar após o acordo comercial firmado entre Estados Unidos e União Europeia. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de divisas fortes, subiu mais de 1%, atingindo 98,639 pontos.
Outro fator que pressiona a moeda brasileira é a percepção de que o Brasil não está entre as prioridades do governo norte-americano. A partir de 1º de agosto, entram em vigor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA.
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Negociações e cenário político
Apesar dos esforços diplomáticos, autoridades brasileiras avaliam que o Brasil deve ficar isolado após o acordo entre EUA e UE. Uma comitiva do Senado brasileiro está em Washington, mas sem previsão de encontro com representantes do governo norte-americano. Enquanto isso, autoridades dos EUA e da China seguem discutindo tarifas.
Senadores americanos afirmaram que países como Brasil, China e Índia devem “pagar um preço” por, segundo eles, manterem relações econômicas com a Rússia.
Próximos eventos no radar
A semana deve ser decisiva para os mercados, com reuniões do Copom e do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (30). A expectativa é que a taxa Selic seja mantida em 15% ao ano. Além disso, serão divulgados indicadores importantes nos EUA, como PIB, índice PCE (inflação) e relatório de emprego (payroll).
Segundo o Bank of America, investidores devem observar como o Banco Central brasileiro incorporará as tarifas dos EUA no balanço de riscos: se isso pressionará a inflação (viés de alta) ou reduzirá o crescimento global (viés de baixa).
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