O Santander Brasil (SANB11) registrou lucro líquido gerencial de R$ 3,7 bilhões no segundo trimestre de 2025. O número representa uma queda de 5,2% em relação ao trimestre anterior, mas crescimento de 9,8% na comparação com o mesmo período de 2024. Além disso, o resultado ficou abaixo das expectativas do mercado de R$ 3,81 bilhões
Segundo o CEO do banco, Mario Leão, o desempenho reflete a continuidade da estratégia de diversificação e digitalização. A análise foi feita junto à divulgação do balanço trimestral da instituição.
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Santander tem o menor índice de eficiência em três anos
O banco destacou a redução de 2,5% nas despesas gerais, impulsionada por ganhos de produtividade e pelo avanço da transformação digital. Entre os cortes, destacam-se a otimização do parque de agências e menores gastos com encargos e remuneração.
Como resultado, o índice de eficiência – que mede a relação entre despesas operacionais e receitas – caiu para 36,8%, o menor nível em três anos.
A redução representa um recuo de 0,4 ponto percentual no trimestre e de 2,5 pontos percentuais em 12 meses.
Carteira de crédito e captação em queda no trimestre
A carteira de crédito ampliada somou R$ 675,5 bilhões, queda de 1,0% frente ao trimestre anterior e alta de 1,5% na comparação anual. O recuo foi influenciado pela redução nas carteiras de crédito, avais e fianças, parcialmente compensada por títulos privados como debêntures e notas promissórias.
As captações de clientes totalizaram R$ 643,8 bilhões, recuo de 1,2% no trimestre. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve estabilidade, com alta de 0,2%. A queda foi concentrada nos depósitos a prazo do segmento atacado.
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Indicadores de capital sobem
O patrimônio líquido do banco atingiu R$ 92,5 bilhões, alta de 2,1% no trimestre e de 5,1% em 12 meses. Os ativos totais somaram R$ 1,22 trilhão, recuo de 0,8% no trimestre e de 1,9% na comparação anual. A queda foi influenciada por mudanças regulatórias e efeitos cambiais.
O índice de Basileia subiu para 15,0%, avanço de 0,7 ponto percentual no trimestre. O índice de capital principal (CET1) atingiu 11,6%, alta de 0,5 p.p.
Estratégias do Santander priorizam rentabilidade e base de clientes
A base de clientes do banco cresceu 7% em um ano, alcançando 71,7 milhões de contas. Entre os clientes pessoa física com relacionamento principal com o Santander, o aumento foi de 20%.
No segmento de cartões, considerado uma alavanca de transações, a receita cresceu 11,7% no ano, impulsionada por alta de 12% no faturamento de crédito e de 13% no gasto médio por cliente.