Bolsas no exterior iniciam a semana próximas da estabilidade, em meio à novos indicadores econômicos da China, que mostraram o custo das medidas restritivas da estratégia covid zero.
As vendas no varejo na China caíram 11,1% em abril ante mesmo mês do ano passado, pior do que a expectativa do mercado, que projetava queda de 5,4%. A produção industrial também caiu, 2,8%, contra expectativa de crescimento de 1%. Além dos dados, o Banco do Povo da China (PBoC) manteve taxas de juros inalteradas, mas informou que injetou 100 bilhões de yuans (US$ 14,7 bilhões) de liquidez e reduziu o limite mínimo de taxas de hipotecas.
Na agenda de hoje, EUA informam índice Empire State de atividade industrial de maio e o presidente do Fed de NY, John Williams, faz discurso às 9h55. Ao longo da semana, destaque amanhã para PIB da zona do euro e vendas no varejo e produção industrial dos EUA.
Na quarta-feira saem dados de inflação do Reino Unido e da zona do euro.
Na quinta-feira tem a divulgação de pedidos de seguro-desemprego da semana dos EUA e CPI do Japão. Petróleo cai 0,4%, após registrar baixa de 2% com os números da China.
Cobre e níquel sobem em Londres e minério de ferro avança, com informações de relaxamento de algumas restrições contra covid na China. O Bitcoin cai 2,8%, a US$ 30,1 mil.
No Brasil, o mercado segue de olho no cenário internacional, especialmente hoje com a divulgação da produção industrial e vendas no varejo da China, que mostraram desaceleração da economia do país.
Na sexta-feira, o Ibovespa subiu 1,17%, aos 106.924 pontos, com uma valorização de 1,70% na semana, com alívio vindo dos EUA, após o presidente do Fed, Jerome Powell, reafirmar aumento de juros de meio ponto percentual nas próximas reuniões.
Já o dólar caiu 1,6%, a R$ 5,057, e recuou 0,4% na semana. No pré-mercado de NY, o EWZ, principal ETF brasileiro, opera estável. Os ADRs da Vale caem 0,3% e os da Petrobras (PBR) sobem 0,5%.
Na agenda do dia, o BC não publicará hoje o IBC-Br de março e o relatório Focus, devido à greve dos servidores.
Às 15h sai a balança comercial semanal de maio. O diretor de política monetária do BC, Bruno Serra, participa de evento a partir das 11h.
Em evento em Campos do Jordão, o presidente Jair Bolsonaro disse esperar que mudança no Ministério de Minas e Energia possa mexer com a Petrobras, para que empresa cumpra seu fim social.
O ministro André Mendonça, do STF, derrubou decisão do Confaz, o que tira autonomia dos Estados sobre ICMS do diesel.
No corporativo, a temporada de resultados do 1T22 se aproxima do fim.
A Anima Educação informou hoje lucro líquido de R$ 51 milhões no 1T22, queda de 16,4%.
A Raízen teve queda de 48% do lucro líquido no 4º trimestre do ano-safra, para R$ 209,7 milhões, e informou projeções para ano-safra 2022-2023, como Ebitda entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões.
A Cosan teve lucro de R$ 510,2 milhões, queda de 69,1%. A M. Dias Branco teve lucro de R$ 37,8 milhões, alta de 152%. Também divulgaram seus resultados a Cemig, Cyrela, Auren Enrgia, entre outras.
Para hoje, estão previstos os resultados do Magazine Luiza, Eletrobras, Hapvida, IRB Brasil, Banco Inter, Ambipar, entre outros. A Telefônica estuda emissão de debêntures de até R$ 3,5 bilhões.
A Wilson Sons fará programa de recompra de 1,4 milhão de ações. Na quarta-feira (18), o Tribunal de Contas da União (TCU) retoma análise da privatização da Eletrobras. A Petrobras negou conversas com o Cade sobre mudanças na política de preços.
Com informações do BTG Pactual
Imagem: Wikimedia Commons