As bolsas dos EUA fecharam esta sexta-feira (1) em queda, refletindo uma combinação de fatores que aumentaram a aversão ao risco. A nova rodada de tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente Donald Trump começou a valer hoje, aumentando as preocupações sobre os impactos na atividade econômica global.
Além disso, o relatório de emprego dos EUA (payroll) de julho veio abaixo das expectativas e trouxe revisões negativas para meses anteriores.
Trump sugeriu que os dados foram manipulados por “interesses políticos” e ordenou a demissão de uma funcionária responsável pela divulgação das estatísticas, aumentando a instabilidade política.
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A divulgação do índice de atividade industrial (PMI) e a ordem de Trump para posicionar submarinos nucleares próximos à Rússia também reforçaram o clima de incerteza, levando o índice VIX — conhecido como “termômetro do medo” — a subir quase 30% no dia.
Confira o desempenho dos principais índices
- Dow Jones cai 1,23% (43.588,58 pontos);
- S&P 500 recua 1,60% (6.238,01 pontos);
- Nasdaq perde 2,24% (20.650,13 pontos).
Na semana, as quedas acumuladas foram de 2,92% para o Dow, 2,36% para o S&P 500 e 2,17% para o Nasdaq.
Movimentações no mercado corporativo
O setor financeiro foi um dos mais penalizados, refletindo receios sobre desaceleração econômica e impactos no crédito. Entre as quedas: Goldman Sachs (-1,94%), JPMorgan (-2,32%), Citi (-2%), Wells Fargo (-3,53%), Bank of America (-3,41%).
A Apple caiu 2,5%, mesmo após superar as estimativas de receita, por causa das preocupações com custos maiores ligados às tarifas. A Amazon recuou 8,27%, após divulgar previsão de lucro operacional abaixo das expectativas para o próximo trimestre.
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No setor de energia, Chevron (-0,16%) e Exxon Mobil (-1,79%) recuaram após reportarem lucros pressionados pela queda nos preços do petróleo.
Entre as empresas de tecnologia e criptoativos, Moderna caiu 6,6% com receita e projeções abaixo do esperado, enquanto a Coinbase despencou 16,7% com a queda do bitcoin e guidance negativo.
