O mercado financeiro despencou na última sexta-feira (1), após a divulgação do payroll (relatório de emprego) nos EUA. O dado veio abaixo das expectativas, mas a maior surpresa foi a revisão negativa dos dois resultados anteriores, indicando um ritmo mais fraco na criação de vagas no país.
A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana. Segundo ele, com sinais de economia mais fraca, o mercado passou a precificar um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed) já na reunião de 17 de setembro.
Ricciardi explica que a revisão para baixo nas leituras anteriores reforçou a percepção de desaceleração econômica, aumentando o temor de uma possível recessão. E essa leitura levou investidores a ajustarem imediatamente as expectativas para os próximos passos do Fed.
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Confira a análise na íntegra:
Como resposta, o S&P 500, principal índice de Wall Street, recuou 2,36% na semana. No Brasil, a Bolsa brasileira acompanhou o movimento deixado pelo payroll fraco, com o Ibovespa registrando queda de 0,81%.
As taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) também recuaram fortemente, refletindo a expectativa de corte de juros nos EUA. O dólar, que chegou a ameaçar alta, fechou em queda de 0,48%. Já os juros futuros (DI) brasileiros encerraram a semana em baixa de 0,86 ponto percentual.
Agenda da semana
Os próximos dias trarão indicadores importantes para calibrar expectativas:
- Segunda (4): PMI de serviços da China;
- Terça (5): Balança comercial dos EUA e ata do Copom;
- Quarta (6): Balança comercial da China e do Brasil, fluxo cambial;
- Quinta (7): Decisão de juros do Banco da Inglaterra e dados de emprego nos EUA;
- Sexta (8): CPI da China.
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