Em 2021, os fundos de investimento no Brasil tiveram uma captação líquida recorde anual de R$ 369 bilhões, com um patrimônio líquido total de R$ 6,9 trilhões. Os dados foram publicados pela Uol e compilados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Em relação ao ano anterior, 2020, quando o volume captado foi de R$ 178,9 bilhões, o aumento do montante investido foi de 106%. Portanto, o valor mais do que dobrou.
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O destaque ficou com a renda fixa, que recebeu R$ 215,2 bilhões e a sua participação, no total dos investimentos, subiu de 36,2%, em 2020, para 37,1%. A rentabilidade anual dos fundos de renda fixa simples fechou 2021 em 3,7% – aumento de 1,8% em relação ao ano anterior.
Muitos desses fundos usam como indicador a taxa Selic, portanto, o aumento dos juros em 2021 – que foi o maior crescimento em 20 anos – levou mais brasileiros a investirem em renda fixa. A taxa Selic, ao ano, começou 2021 em 2% e terminou em 9,25%.
Para Sergio Cutolo, sócio e head de asset do BTG Pactual, outros fatores contribuíram para a maior busca por ativos de renda fixa, como “as incertezas com relação às questões políticas e fiscais. Esses dois fatores tiveram como efeitos mais óbvios a renda fixa voltando a crescer, enquanto a renda variável foi afetada fortemente.”
Os fundos de ações permaneceram praticamente estagnados, contaminados pela forte instabilidade e incertezas deste momento do mercado internacional e afetados pelo desempenho negativo do Ibovespa.
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Imagem: Piqsels









